sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Esperança, bem-estar e dignidade, Já! Este foi o recado da população paulistana nas ruas, ao longo de 2013.



Esta tríade da bem-aventurança inclui:  Emprego e Renda, Educação, Saúde, Segurança, Transporte e Mobilidade Individual e Coletiva, com o fim da corrupção.

As novas  linhas Norte-Sul e Leste-Oeste do Metrô Paulista estão quase prontas para serem inauguradas. Ou será que ando sonhando acordado?

Observando, detalhadamente, o funcionamento das duas linhas pioneiras originais do sistema metroviário desde a sua criação, seja como transeunte e habitante da Capital, seja como antigo usuário das primeiras viagens desde os idos dos anos sessenta, tenho direito de me expressar sobre o tema. Comparando-os com o estado atual de superlotação das composições, a primeira angústia de quem deseja minorar o sofrimento da população de usuários atuais é imaginar a duplicação de capacidade desta rede.

Neste ponto, entra o poder de imaginação de nossas mentes através de suas características associativas e heurísticas.

Colocar novas composições de primeiro andar como os ônibus vermelhos de Londres? Duplicar as linhas  em paralelo? Em seguida pensamos nas soluções e suas dificuldades arquitetônicas, de engenharia, de desapropriações e custos, etc. A dissipação de calor nos neurônios é de tal ordem que o cérebro ameaça uma pane e pede água e repouso.

Este exercício de heurística  resolutiva se repete por semanas a fio, enquanto que uma rede auxiliar de neurônios e axônios de sínteses formados a partir das elucubrações pioneiras trabalham na surdina nos períodos  de sono mais tranquilo.

Lá pelas tantas da madrugada em uma das paradas de apneias inesperadas e lá aparecem as composições "solucionáticas" – parodiando o Dadá Maravilha -  lá estão em pleno funcionamento as duas linhas paralelas quase prontas, as quais poucos às veem.

São composições de última geração trafegando em linhas rebaixadas, por enquanto, abertas às camadas atmosféricas e privilegiadas pelo ar livre. Com as suas paradas periódicas em estações lindíssimas, deslumbrantes e floridas e seus indefectíveis avisos sonoros. Estação Anhangabaú! Estação Jaceguay!  Estação Glicério! Estação Paraíso/Beneficência! Estação Ibirapuera! Estação Moema, Estação Bandeirantes! e Estação Congonhas! São três toques tangenciais a três dos troncos das atuais linhas. Anhangabaú, Paraíso e Congonhas em integração com Conceição, apenas no trecho citado. Desde a zona norte são muitos outros que permitiriam o intercâmbio automático dos usuários, agilizando e tornando as viagens mais agradáveis e eficientes.

Já a linha Leste-Oeste caminharia perpendicularmente a partir do Piqueri até Itaquera via São Domingos,  Lapa de Baixo, Lapa City, Centro-Lapa, Vila Romana, Pompeia, Arena Parque Antártica,  Padre Péricles, Deodoro,  Santa Cecília, Roosevelt/Consolação,  Bexiga, Glicério, e vai por aí. Quase tudo pronto, faltando apenas as estações, seus estacionamentos e integrações.

Neste momento de reticências....Eis que me aparece o anjo caído liberando centenas e centenas de advogados de seu inesgotável departamento jurídico para inviabilizar o perfeito funcionamento da cidade.

São os entendidos que nunca resolvem nada e os adeptos da dialética pela dialética, os quais estão mais para diabelética e iniciam as suas sessões torturantes de perguntas destrutivas e gratuitas sem parar, pelo menos alguns segundos para refletir. Hegel em seu prefácio magistral da Fenomenologia do Espírito descreveu essas figuras do saber conhecido como ninguém.

O que faremos com os automóveis e ônibus que circulam atualmente nestas avenidas?

Como pensamos e refletimos profundamente sobre o tema durante anos debruçados sobre estas questões, respondemos à queima roupa.

Os automóveis permaneceriam em suas garagens domiciliares ou se dirigiriam aos estacionamentos disponibilizados ao longo de várias estações. Já os ônibus seriam deslocados para as novas linhas de integração com o Metrô. Aqueles que vivem profissionalmente de seus veículos procurariam vias alternativas, que são muitas.

A nova linha norte-sul completa poderia ligar o Aeroporto Internacional de Guarulhos à Interlagos passando por Guarulhos Centro, Vila Rosália, Guapira, Jaçanã de tantas glórias, Tucuruví, Santana, Campo de Marte/Anhembi,  Tiradentes, Prestes Maia e Anhangabaú.

Em seguida, bifurcada, a linha seguiria pela Av. Nove de Julho, Túnel, Jardins, São Gabriel, Av.Santo Amaro, Brooklyn, Borba Gato, Largo Treze e por aí vai. Outra bifurcação poderia ser feita via Cidade Jardim, Hipódromo, Morumbi, Vila Sônia, até Embu das Artes. As composições se alternariam a cada cinco minutos, ora via 23 de maio, ora para Santo Amaro, ora em direção de Embu das Artes.

Esta solução singela para o fim definitivo dos congestionamentos urbanos em São Paulo e uma mobilidade urbana eficiente nas megalópoles, a curtíssimo prazo, também, serve para as médias e grandes cidades do Brasil e do Mundo.

Outro tema candente são os estacionamentos. Precisamos liberar áreas gigantescas nas proximidades das principais estações para a implantação de megaestacionamentos com facilidades comerciais atrativas e de lazer para a população.

Sobre estes temas que merecem estudos e análises criteriosos dos urbanistas, podemos desativar áreas já obsoletas da cidade como o Campo de Marte, o Terminal Rodoviário do Tietê, o  Vale do Anhangabaú, Ibirapuera, Aeroporto de Congonhas e o Autódromo de Interlagos, alguns inaugurados na década de quarenta do século passado. A cidade necessita se reciclar com a velocidade estonteante dos novos tempos e tecnologias.

Campo de Marte, por exemplo, poderia ser reciclado para dar lugar a um moderno e bucólico autódromo integrado à área turística do Anhembi complementado por uma nova Estação Rodoviária Internacional. O Anhangabaú daria lugar a uma gigantesca Gare moderníssima de Integração de todas as linhas do Metrô com um centro de compras fervilhante. Seu teto em concreto extremamente reforçado daria uma área verde de lazer pelo nível de cima, entre os dois viadutos.

Um novo aeroporto internacional de altíssimo nível seria construído em meio a uma área de preservação permanente sem qualquer possibilidade de construções de casas e edifícios por perto, no seio da Serra do Mar  e próximo à Via Imigrantes. Interlagos seria transformado num novo Ibirapuera para o lazer das classes mais carentes da zona sul.

Congonhas, finalmente seria desativado para a alegria, satisfação e sossego de uma gigantesca população da rota dos aviões, dando origem a um belíssimo centro comercial tipo Shopping Center com uma estação de integração com a Estação Conceição. Ibirapuera,  poderia ser reciclado com a construção de uma moderníssima arena de futebol e outros esporte para 200 mil torcedores em seus 1,6 Km², com muitas sobras para as suas árvores, o seu lago e as suas atividades culturais, além de muitos estacionamentos. Continuaria com a sua função de coração cultural de São Paulo, agora com uma moderna estação do Metrô.

Para um futuro próximo, haveria espaço para o aproveitamento do teto de concreto em toda a extensão das Novas linhas do Metrô para uma área de lazer contígua e sem fim para os habitantes desde Guarulhos até Interlagos, com áreas verdes, ciclovias aéreas e infinitos estacionamentos.

Enfim, um verdadeiro plano diretor para a humanização de São Paulo e outras megalópoles, nunca dantes imaginado, ao alcance imediato da população e dos governantes omissos e acomodados. Já há até recursos de R$ bilhões liberados para serem torrados nas ultrapassadas linhas exclusivas de ônibus.

É disto que o povo de São Paulo gosta. É isto que o povo quis dizer em suas passeatas de junho passado. Uma cidade eficiente, rápida, moderna e acima de tudo saudável e mais humana para o seu povo viver feliz.

Falaremos em breve de outros sonhos da população. Jornada de seis horas diárias de trabalho, plano de renda mínima para todos os brasileiros desde o nascimento  (Projeto Suplicy) e federalização do ensino fundamental e médio (Projeto Cristovam Buarque).

Contribuição de um modesto paulistano de coração que se dedicou por longos 18 anos ao seu progresso.

Convidamos, nesta ocasião, de angústia da população diante de seus problemas insolúveis, aos senhores arquitetos e engenheiros do Estado, da Companhia do Metropolitano de São Paulo e das empreiteiras interessadas, que ofereçam projetos em CAD e Maquetes eletrônicas para as soluções reais neste direcionamento de humanização da cidade.

Cadê os ônibus e automóveis?  Escafederam-se como por encanto!

** O autor, apesar de economista de formação, trabalhou com administrador de empresas durante 37 anos em grandes grupos empresariais  de São Paulo e Paraíba, tendo ainda, militado na academia como técnico da Universidade Federal da Paraíba e coordenado o Projeto Jampa-2000, o mais completo Plano Diretor jamais oferecido à Capital do Estado da Paraíba, com direito ao conceito de mobilidade urbana nos idos dos anos noventa do século passado, metrô de superfície, modernas vias expressas, saneamento básico,  combate sistemático às favelas, às enchentes e comunidades de risco, etc. etc. O referido projeto, ainda atual, 15 anos após, foi feito em conjunto  com o escritório de arquitetura Planart’s e outros arquitetos e ecologistas independentes, com os quais o autor trabalhou por oito anos. No nosso Blog há um artigo descrevendo o referido projeto em linhas gerais. Acesse!

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