O Futebol Brasileiro não é um negócio empresarial, mas uma roleta russa suicida de alguns malucos globelezas da Opressália.
São dez clubes na zona da degola, todos com um revólver apontado para a própria cabeça. No tambor, rodado manual e aleatoriamente, apenas uma bala na agulha.
No painel de cima, os clubes apadrinhados de sua Alteza defrontam-se e destroem os seus próprios atletas numa carnificina extenuante para participarem de um torneio continental velho sem futuro com agremiações mequetrefes das Repúblicas vizinhas, ainda mais sem futuro.
No meio do painel, sobram uma mistura de ex-grandes decadentes e Ôi-ôis “sobem-e-descem” anestesiados que nem fedem, nem cheiram a espera da lâmina num barril de fezes. Olha a lamina! e todos afundam a cabeça no cocô para não ter o pescoço decepado.
Este é a fase do certame que os dirigentes amadores sem qualquer visão econômica chamam de emocionante final de campeonato da Série “A”, ou em poucas palavras, juntamente com os escribas da bajulação oportunista aos patrões “Isto é que é adrenalina pura”. E tome chora na rampa da descida cabisbaixa.
Em vez de uma organização que tem como metas o desenvolvimento e o crescimento econômico dos clubes e empresários do setor, prevalece o jogo de azar da incerteza e da atração total e irrestrita ao risco da roleta.
Nas demais divisões dos mendigos sem globeleza, das quais participam os clubes, os Estados e as Federações excluídos e inexistentes no contexto da integração nacional e continental, os dilapidadores de grana e patrimônio patinam na maionese de certames esvaziados, sem patrocinadores, sem financiamento televisivo, sem atrações e sem público, os quais levam os seus participantes para a decapitação moral (Série “D”), para o Cadafalso degradante (Série “C”) ou no máximo a oi-oizada da Bancarrota sumária (Série B”), perante os seus derradeiros torcedores gatos pingados. Agora, a moda são os clubes de aluguel, que mudam de cidade cada vez que os prefeitos recusam em torrar o dinheiro público diante das chantagens dos seus proprietários.
E para fechar o Calendário dos Horrores da Civilização Maya do Sacrifício e da Morte, os sádicos e masoquistas do crânio de cristal que dirigem o nosso futebol, reinventaram o mais democrático de todos os torneios brasileiros de um jogo único (Copa Dois Brasis ou três ou quatro Brasis), agora sem os jogos das trocas de favores e do tráfico de influência da cortesia dos clubes vampiros do enclave anão.
Essas maravilhas ambulantes do amadorismo da adrenalina, agora, a pedidos, entram apenas nas finais, após as suas participações melancólicas com os decaídos da Conessúlia, do Charco Canabinol, do Planalto do Oxi-Crack e da Baixada do I Pod Folhas.
Enquanto, bajulam os Conmebolas para ver quem leva mais porradas, os clubes brasileiros desdenhados, desde a Boi-Bundânia até os esfarrapados da fronteira sul, passando pelos Grão-Parados, Forróbodões e comedores de pequis (Caryocar brasilienses) por mera coincidência, estrangulam-se no lamaçal da pobreza e do ostracismo voluntário.
Desesperados, os cordeirinhos de presépio regionais, mais conhecidos como vitalícios-hereditários, embolsam as suas verdadeiras fortunas de 0,005% da macro-fortuna circulante no setor, enquanto esbravejam nas suas iras do Sim, Senhor, Amém e propõem novas e revolucionários bota-foras amadorísticos regionais com os Campeões e Vice-Campeões dos Certames Provinciais catadores de tostões.
O mais incrível é que as sumidades federativas perdem cerca de R$ 400 milhões por ano de um possível Fundebol – Fundo Nacional de Financiamento ao Futebol, doados generosamente aos temerários sonegadores e compradores contumazes de velhinhos estropiados e bichados do velho mundo decadente.
Acorda! Magote de jegues empalhados!
Publicado pelo Blogger às 12:50 de 14/11/2011
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