Vamos provar que é possível.
Futebol o ano inteiro para todos, planejamento estratégico participativo, ascensão dos participantes sem rebaixamento, mobilidade aos mais competentes, avaliação científica dos clubes, interdependência máxima das competições em sete níveis superpostos.
Fim das superposições de jogos e certames, gerenciamento motivacional com foco na qualidade assegurada, excelência, democracia, representatividade e transparência, inclusão social e regional, valorização e respeito aos recursos humanos, aos consumidores e ao jornalismo esportivo, prioridade econômica para o futebol nacional com redução das disparidades entre regiões e o respeito às culturas étnico-regionais, ao ordenamento jurídico e aos objetivos nacionais permanentes.
Capitalização acelerada dos clubes com a modernização dos meios de produção (estádios e praças esportivas), das entidades e dos empresários do setor, geração máxima de emprego e renda, busca permanente de novas fontes de recursos e financiamento, visão do futuro, integração com os demais setores econômicos correlatos em nível municipal, estadual, regional, nacional, continental e mundial.
Fim dos certames deficitários para angariar votos e se perpetuar no poder, transição para uma ambientação empresarial com foco no crescimento das receitas, diminuição dos custos e despesas e lucro declarado sem mistificação de setor sem fins lucrativos.
Drástica redução da presença dos Governos Estaduais e das prefeituras como proprietários dos meios de produção através da concessão dos estádios aos clubes em regime de comodato. Distribuição justa e equânime de recursos. Tudo isso, apenas para começar.
No artigo anterior, entregamos de bandeja uma fórmula de calendário nacional visando o crescimento e o sucesso técnico e econômico-financeiro do futebol nacional em todos os níveis, entretanto, de modo extenso.
Neste “post”, desejamos explicá-lo do modo mais sucinto e didático possíveis, para que todos entendam que isso é, absolutamente, factível, de maneira a que possamos provar cada uma de nossas teses estudadas ao longo de cerca de 40 anos de vivência no setor, como atleta, dirigente de clubes e entidades, além de pesquisador.
Assim, vamos ao que interessa:
15 de janeiro a 30 de maio (quartas e domingos)*
Realização da Série A dos 08 certames em grandes regiões como fases regionais da Copa da Confederação (ou Copa do Brasil), tendo em vista a escolha dos melhores para a segunda fase final em junho e julho. Farto financiamento pelas Redes Nacionais de Televisão e distribuição dos recursos na proporção do mercado de cada região.
15 de janeiro a 30 de abril (Terças e sábados)*
Realização, em paralelo, da Série B dos mesmos certames em grandes regiões, mas, em grupos restritos no âmbito estadual, com os clubes médios e pequenos que não atingissem uma pontuação suficiente para participar da série A.
Em maio, os clubes campeões de cada grupo estadual e mais um ou mais por índice técnico, dependendo da composição e quantidade dos Estados de cada região, participariam da segunda fase em um octogonal final ou dois quadrangulares.
Os campeões regionais desta série teriam as suas vagas garantidas no lugar dos últimos colocados da Série A, entretanto, estes não seriam, obrigatoriamente, rebaixados, pois, como integrante da Série A, teriam as suas vagas asseguradas nos torneios finais de seus respectivos certames estaduais, previstos neste calendário para o período entre 15/11 e 15/12 do mesmo ano, podendo, ainda se sagrarem campeões estaduais numa disputa local entre os grandes clubes da Série A e os melhores da Série B.
05 de junho a 15 de julho*
Fase final da Copa da Confederação (ou Copa do Brasil), sem superposição de jogos, ao estilo da antiga Copa dos Campeões, reunindo os 16 melhores clubes dos 08 certames regionais (com base na proporção participativa na Nação e pelo menos um de cada região).
A esses, se juntariam os 08 melhores colocados do certame brasileiro da Série A do ano anterior, totalizando 24 clubes. Seria adotada a melhor fórmula, que viesse atender os interesses dos clubes e federações, em sedes fixas e com incentivos turísticos como na antiga Copa dos Campeões ou sedes isoladas em jogos eliminatórios como na atual Copa do Brasil.
Os melhores da Confederação Brasileira (02, 04 ou 08), a critério dos interessados e da disponibilidade de datas na grade do calendário, fariam as finais continentais com os melhores da Confederação da América Espanhola – Conmebol, no que se denominaria de fase final da Copa Santander-Libertadores.
20 de julho a 15 de novembro*
Campeonatos Brasileiros das Séries A, B, C e D, divididos em grupos menores de 10 até 16, dependendo da escolha do sistema a ser implantado. Fórmula atual do certame carioca com grupos, quadrangulares olímpicos e finais, turno e returno e duas taças, uma para o primeiro turno e outra para a final.
Os pontos corridos seriam contabilizados apenas nas disputas dos grupos. No caso da Série D, as fases classificatórias seriam as atuais Copas Estaduais, entre os clubes estaduais que não alcançassem as séries nacionais superiores.
20 de novembro a 15 de dezembro*
Fases finais dos certames nacionais e estaduais. Com a eliminação da maioria dos clubes das séries nacionais, estes estariam disponíveis e bem treinados para as finais dos certames estaduais, não ficando ociosos. A garantia de participação dos clubes finalistas nacionais na fase final da Copa da Confederação ( ou Copa do Brasil) do ano seguinte, nos regionais e nas séries nacionais subseqüentes, daria tranqüilidade aos clubes finalistas das séries nacionais, os quais, não teriam, compulsoriamente, que abdicar de uma participação nos torneios finais pela hegemonia dos certames estaduais.
07 de dezembro a 23 de dezembro**
Copa Mundial Interclubes a critério da Fifa, com 08 ou 16 clubes de todos os continentes.
No próximo artigo, delinearemos a metodologia para o alcance da perfeição deste calendário, com a interdependência total das competições e o fim do rebaixamento.
· * As datas têm caráter didático e são aproximadas para qualquer ano e necessitariam ser ajustadas para os calendários anuais específicos. Apenas no último item**, as datas indicadas são para 2008, também, por motivo didático. Haveria, também, um ajustamento aos jogos, previstos para o calendário da Seleção brasileira, como é feito, atualmente, para cada ano.
Editado por Roberto C. Limeira de Castro às 11:15
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