sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Avisem ao Formigueiro, vem aí Tamanduá 2008

Por um projeto de calendário digno da grandeza do futebol brasileiro!

Neste artigo faremos uma revisão geral das planilhas do Fundebol, agrupando-as em grandes clubes (pretensa Série A), clubes médios (Série B) e pequenos (Série C), além da relação dos valores correspondentes às Federações Estaduais de Futebol.




Planilha de um Campeonato Brasileiro de Futebol da Série A ideal para o Brasil com 32 clubes. Esta planilha é apenas um modelo de como seriam distribuídos os recursos do futebol brasileiro. No projeto proposto, 22 clubes viriam dos melhores clubes da classificação nacional (ranking), não havendo mais rebaixamento, com oito advindos dos respectivos oito certames regionais e dois da Série B do ano anterior. Denominamos esse tipo de escolha dos participantes de sistema misto. Esse sistema, também, seria ótimo para a escolha dos clubes participantes dos certames regionais, sendo neste caso, os campeões de cada Estado incluídos na região e mais o complemento para 16 ou 20 clubes, escolhidos da classificação nacional (Ranking) correspondente aos Estados e clubes participantes.

C0ntinuação da Série B

Planilha de um Campeonato Brasileiro de Futebol da Série B, ideal para o Brasil, com 48 clubes divididos em três grupos regionalizados de 16 clubes.Essas agremiações seriam escolhidas a partir das cinco melhores classificações dos certames regionais do 2º ao 6º colocados de oito regiões, totalizando 40 clubes e mais oito advindos da Série C do ano anterior para incrementar a mobilidade. Os recursos estariam garantidos pela nova sistemática de distribuição do Fundebol.


Série C - continuação


Planilha de um Campeonato Brasileiro da Série C, ideal para o Brasil, com 64 clubes divididos em quatro grupos de 16 clubes ou oito grupos de oito, no sentido de evitar a desclassificação de 50% nos primeiros 20 dias da competição como atualmente e mais 25% com 40 dias. Os grupos seriam maiores e os recursos assegurados, além da alta qualidade do certames, com os clubes advindos das melhores classificações dos campeonatos regionais - 7º ao 13º colocados de cada regional. Seriam oito regionais vezes sete clubes, totalizando 56 e mais oito advindos da série D do ano anterior.




Finalmente, a relação dos valores distribuidos para cada Federação Estadual de Futebol segundo a sua competência nas competições nacionais.

Para ler as planilhas mais legíveis, clique nas figuras e salve-as no formato png, jpeg ou gif compatível com os programas correspondentes. Qualquer dificuldade, entre no comentário abaixo e informe o seu endereço eletrônico que enviarei todas as planilhas e o projeto do fundebol.


Trata-se de uma prévia do que seria uma nova modalidade de distribuição de recursos no âmbito de uma nova política, voltada para o desenvolvimento econômico e patrimonial dos clubes e federações brasileiros e com base em novos paradigmas e num Calendário Nacional voltado para toda instituição e não apenas para uns poucos clubes, como atualmente.

Afora essa distribuição apropriada de recursos por uma Confederação Brasileira de todos, acabar-se-ia com as ambições desmedidas de alguns poucos dirigentes, abrindo caminho para um novo tempo no nosso futebol.

A equação atual de destruição e massacre sistemático da maioria dos clubes do Brasil seria substituída por um Calendário compatível com o desenvolvimento do nosso futebol, totalmente isento de um planejamento direcionado para eliminar o máximo de clubes, sem a exclusiva preocupação de dividir o bolo de recursos pelo menor número de clubes possíveis.

Os arcaicos paradigmas dirigidos para a destruição e o fracasso, tais como, a velhacaria do rebaixamento, subsídios para resgatar clubes apadrinhados, esmagamento da cultura futebolística regional, regionalismo doentio, aversão aos clubes brasileiros das regiões não participantes, copas de milionários contra mendigos, subserviência aos empresários e federações estrangeiros, certames que eliminam os participantes em apenas 20 dias, ausência de atividades operacionais acima do legalmente permitido pelo Estatuto do Torcedor, certames, copas e torneios deficitários de faz de conta, etc etc. seriam, finalmente, banidos e extirpados para sempre do nosso futebol.

Partiremos da suposição de que os clubes da Série A seriam 32 participantes como entendemos que deveria ser, os da série B em número de 48 e os da série C em 64. Supomos ainda que esses 144 clubes do espectro qualitativo do futebol brasileiro, de acordo com o projeto em pauta, coincidiriam com os primeiros colocados da classificação de excelência nacional. Então, nesse caso, teríamos a distribuição democrática ótima de recursos, conforme planilhas acima.


Considerando ainda que a pontuação dessa classificação é dinâmica e envolve os certames brasileiros das três séries principais e a da Copa do Brasil, evidentemente, na prática não haveria essa coincidência, em virtude da metodologia mista de escolha dos clubes participantes.

Essa escolha que denominamos de mista dos participantes tem como objetivo a transição entre o atual sistema de distribuição de recursos para a implantação de uma nova metodologia.

Assim, na nossa visão do calendário brasileiro, na Série A estariam os primeiros 22 clubes da classificação nacional (Ranking), extinguindo-se o sistema de rebaixamento atual, enquanto, os demais clubes complementares viriam, um de cada certame regional (em grandes regiões futebolísticas) e mais o campeão e o vice-campeão da Série B do ano anterior.

Com isso, atingiríamos um sistema ideal de promoção de mais clubes, segundo as suas competências em seus respectivos certames regionais, protegendo-se os clubes âncoras que são os sustentáculos econômicos do futebol nacional e eliminando-se a terrível instabilidade do rebaixamento. Isso seria feito com uma distribuição ótima de recursos para todos os clubes da instituição, através da qual, todos os clubes do Brasil pudessem crescer e se desenvolver, elevando continuamente o padrão de qualidade e a excelência do nosso futebol.

Já os clubes participantes da Série B seriam totalmente móveis, selecionando-se os seus 48 componentes em três grupos regionalizados de 16 clubes cada, a partir dos cinco primeiros colocados dos certames regionais (8 grupos de 5 clubes cada – 2º ao 6º colocados de cada certame regional -) totalizando 40 e mais 8 clubes advindos da Série C do ano anterior.

Todos receberiam os seus sagrados recursos, de acordo com os valores constantes das planilhas já divulgados e que reiteramos neste artigo, cada um, segundo a sua competência na classificação nacional.

Isso é o que chamamos do melhor dos mundos, algo que é totalmente possível, factível e implementável, conforme provamos ao longo dos nossos artigos.

Em seguida, viria o certame da Série C com os seus 64 clubes divididos em quatro grupos de 16 clubes ou oito grupos de oito clubes, recepcionando os classificados nos certames regionais do sétimo ao décimo terceiro (8 regionais vezes sete clubes, totalizando 56 participantes advindos dos certames regionais) e mais os primeiros oito clubes da Série D do ano anterior.

Uma nova Série D seria criada como certame de acesso, com a participação de todos os demais clubes das divisões principais de todos os Estados não incluídos nas três primeiras divisões do Campeonato Brasileiro. A primeira fase do certame da Série D seria disputada no segundo semestre de cada ano em paralelo com as três outras séries principais, num certame interno, no âmbito de cada Estado, em lugar das atuais Copas Estaduais, apenas disputadas com subsídios nos Estados ricos, por que são altamente deficitárias e sem motivação para os torcedores e dirigentes.

Esses 27 grupos restritos aos Estados, para poupar recursos escassos dos clubes médios e pequenos de cada unidade federativa, indicariam os clubes campeões e vice-campeões de cinco dos Estados mais ricos em termos Produto Interno Bruto – PIB – atualmente, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná – que se juntariam aos 22 campeões dos demais Estados, completando um torneio eliminatório (tipo mata-mata) de 32 clubes, com afunilamento para dezesseis e oito, além de um octogonal final. Esses primeiros oito classificados estariam aptos para integrar a Série C do próximo ano.

Assim, as Séries C e D ao classificarem oito clubes cada para as Séries Superiores B e C, estariam aumentando a mobilidade dos clubes e as suas possibilidades de desenvolvimento, com o apoio estratégico dos recursos recebidos, o que possibilitaria uma grande geração de emprego e renda no país.

Desse modo, todos os clubes de futebol profissional do Brasil teriam as suas participações garantidas nos certames nacionais e ao pontuarem na classificação nacional estariam aptos a receber as suas cotas correspondentes aos seus mercados televisivos, lotéricos e publicitários, que hoje são literalmente desviados para um grupelho de mandarins do nosso futebol.

Assim seriam fechadas as quatro Séries qualitativas do futebol nacional, todas as competições disputadas no segundo semestre de cada ano, em respeito constitucional à cultura futebolística regional dos grupos étnicos que compõem a nacionalidade brasileira em consonância com os Objetivos Nacionais Permanentes do país. Deste modo os certames regionais teriam a exclusividade total do primeiro semestre de cada ano e haveria um alto grau de rendimento, motivação e apelo técnico-financeiro, em virtude de uma perfeita interdependência entre as competições de nível local e as nacionais e continentais.

O ponto alto dessa performance seria a realização da Copa Toyota-CBF, como chamamos uma nova Copa totalmente dedicada à Confederação Brasileira, a qual, poderia ser patrocinada pela Toyota – apenas como indicativo – ou outro grande patrocinador do mesmo porte ou superior como a Nissan, a Fiat, a Petrobrás etc.

Essa Copa sub-Continental em sua fase brasileira teria as mesmas características da atual Copa Toyota Libertadores ou Sul-americana, podendo ser realizada tanto no primeiro semestre quanto no segundo, com os clubes indicados advindos, 16 dos oito certames regionais – Campeão e Vice Campeão de cada um - para que todas as regiões brasileiras tivessem o mesmo direito de participar da integração continental e não apenas duas regiões privilegiadas do país que excluem e discriminam os demais brasileiros de forma acintosa e covarde - e da elite futebolística continental. Os demais 15 participantes seriam indicados a partir dos primeiros clubes colocados da Série A do Brasileirão. O grupo de 32 seria completo com uma vaga garantida ao campeão do ano anterior. Em caso de repetição de clubes, chamar-se-ia o clube subseqüente na classificação.

Caso fosse realizado no primeiro semestre, poderia substituir a atual Copa Sul-Americana, em paralelo com os certames regionais e nos dias de meio de semana, com os 04 primeiros colocados disputando uma Copa Toyota Libertadores portentosa, com outros 04 clubes da América Espanhola, 4 da América Central e 4 da América do Norte, num verdadeiro torneio Pan-Americano do mais alto nível. Esse torneio, entre os melhores das Confederações das Américas, seria realizado no segundo semestre ou no primeiro com a inversão das copas classificatórias para o outro semestre.

O coroamento desse projeto seria a instituição de um Tribunal de Contas Interno da Instituição Nacional, como já existe na Conmebol para fiscalizar os possíveis espertalhões no trato com os abundantes recursos recebidos do Fundebol e a implementação de um Banco do Futebol com as verbas de 10% reservadas pelo Funif – Fundo de Financiamento da Infra-estrutura futebolística nacional, com todos os clubes e federações sendo acionistas da instituição financeira, a qual, poderia ir buscar, também, recursos na Bolsa de Valores.

Um organização dessa complexidade e porte poderia gerar milhares e milhares de empregos em todos os Estados brasileiros, com todos os atletas podendo recolher uma taxa de previdência privada – PreviBol, a qual, geraria mais uma fonte de recursos para o futebol, pois, os recursos previdenciários poderiam ser investidos em ações de empresas e negócios da iniciativa privada, tornando o futebol num grande negócio como é nos países avançados do primeiro mundo.

Temos que imaginar o nosso futebol aos moldes de toda a União Européia, com o futebol brasileiro realmente é, e não como um pequeno país europeu ou sul-americano. O que falta mesmo é uma organização administrativa de alto nível, compatível com a grandeza do nosso Brasil.

Entretanto, pelo andar da carruagem, o Calendário degolador, castrador e suicida já foi anunciado para 2008 e deve continuar com o escárnio e o desprezo que os seus organizadores nutrem pelos torcedores e pela maioria absoluta dos clubes brasileiros dos 27 Estados do país.

Como nada podemos fazer diante do silêncio da manada que segue cabisbaixa para o matadouro, apenas registramos para a história os nomes de todos os responsáveis pela terrível tragédia que se abate sobre centenas e centenas de clubes em fase agonizante de extinção em todo o país.


Editado por Roberto C. Limeira de Castro às 00:55

Um comentário:

Anônimo disse...

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