Sete anos após ser criada, a empresa de J. Hawilla,
Traffic, assume a organização e a comercialização de direitos de TV da Copa
América
Jornal GGN - A empresa de J. Hawilla, Traffic Sports,
comercializa hoje com exclusividade os direitos internacionais de TV das
principais competições de futebol de seleções e clubes da América Latina. O
ramo inclui as Eliminatórias da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 e a Copa
Libertadores, a Copa América, as Eliminatórias da Concacaf, a Copa Total
Sudamericana, a Copa do Brasil, a Copa Total Sudamericana e a NASL.
A corrupção vem de longe
Criada em 1980, a Traffic era uma empresa de anúncios em
pontos de ônibus. Sete anos depois, em 1987, a empresa de J. Hawilla assume a
organização e a comercialização de direitos de TV e patrocínio da Copa América.
Em 1996, a Traffic foi a responsável por intermediar a negociação entre a Nike
e a CBF, tornando-se a patrocinadora oficial da Seleção Brasileira. Em 2008, os
negócios se expandem ainda mais e a Traffic passa a administrar fundos de
sociedades de investimentos, adquirindo o chamado "passe" de
jogadores profissionais de futebol. Em 2011, também fechou parceria com a SE
Palmeiras e tornou-se responsável pela comercialização de camarotes da Nova
Arena.
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Para a Concacaf, a Traffic detém os direitos mundiais de
transmissão, incluindo TV aberta, paga e pay-per-view, por internet, celular e
IPTV. Da Libertadores e da Sudamericana, a empresa de Hawilla detém todos os
direitos, exceto para as Américas. Da Copa do Brasil, os direitos de TV são
para o mundo todo, exceto para o Brasil. Já com a NASL, a Traffic detem a
transmissão de todos os jogos para o mundo. Já para a Copa América não só é
detentora mundial dos direitos a empresa de Hawilla, como também é a
organizadora da competição.
Na investigação da Polícia dos Estados Unidos, que teve
operação deflagrada nesta quarta-feira com a prisão de sete dirigentes de
futebol, em torno do escândalo de corrupção da Fifa, o Departamento de Justiça
americano aponta que J. Hawilla teria pago propina em campeonatos da Copa
América, antes e após 2010, na Liga dos C. da Concacaf, após 2013, na Copa do
Brasil e no patrocínio à CBF.
Copa das Propinas da América
A investigação ainda aponta que a empresa do cartola,
Traffic, pagou propina para Jack Warner, ex-membro do Comitê Executivo da Fifa
e ex-presidente da Concacaf, na Copa Ouro; e também nas Eliminatórias da Copa
no Caribe a Jeffrey Webb, também ex-membro do Comitê da Fifa, ex-presidente da
Concacaf e da Associação de Futebol das Ilhas Cayman.
Em uma dessas transações, Hawilla e demais sócios da Datisa,
outra empresa que detem ações, teria pago propina no valor de US$ 110 milhões
(o que equivale a R$ 350 milhões), a José Maria Marin, ex-presidente da CBF, e
a um grupo de dirigentes de futebol para a cessão com exclusividade dos
direitos de transmissão das edições de 2015, 2019 e 2023 da Copa América e da
Copa América Centenário (em 2016). Desse total, já foram pagos US$ 40 milhões,
e o restante seria concluído até 2023.
Em trecho da denúncia do Ministério Público dos Estados
Unidos, afirma que houve propina no contrato para direitos de transmissão da
Copa América:
Comprovante das propinas associadas
"Em conexão com a compra dos direitos de transmissão
das Copas América e partidas do Centenário da Conmebol e Concacaf, Datisa
concordou em pagar US$ 110 milhões em suborno aos denunciados Jeffrey Webb,
Eugenio Figueiredo, Rafael Esquivel, José Maria Marin, Nicolás Leoz e outros
dirigentes do futebol. Datisa concordou em fazer esses pagamentos em várias
parcelas ao longo da duração dos contratos. Ao menos US$ 40 milhões já foram
pagos”, é a tradução do trecho.
Além dos direitos de transmissão
Em outro trecho da investigação, mostra que o contrato de
US$ 160 milhões da CBF com a Nike, intermediado por Hawilla, rendeu pelo menos
US$ 15 milhões em propina ao ex-presidente da entidade, Ricardo Teixeira. De
acordo com a denúncia, J. Hawilla pagou a Teixeira "metade do dinheiro que
ganhou com o patrocínio, totalizando milhões de dólares de propina".
No trecho a seguir, o Ministério Público americano mostra
que a Nike pagou à Traffic mais US$ 40 milhões, além dos US$ 160 milhões
contratados. De acordo com o FBI, Hawilla e Ricardo Teixeira dividiram meio a
meio os valores recebidos por fora no contrato da CBF com a Nike.
Os comprovantes das sociedades secretas
Comentários do Blogger
Reproduzido do sítio Luis Nassif online. Turco denunciando turco no império Otomano no Brasil. Cadê os outros? Qual a ligação de Zé das Placas com Zé Nabisco de Linguiça Calabresa e Zé do Futuro que Fará? Zé da Banca de Revista e Zé do Tijuco Preto certamente tem tudo a haver com o bonde das propinas. Tem ainda Zé da Tosse, Zé do Tubinho, Zé do Urubu e Zé Gato do Mato, Zé do Galo, Zé do Gavião, Zé Salino e outras dezenas de Zés da Mascataria Brasilis.
Tudo coordenado pelos mamíferos da calota polar.
Publicado pelo Blogger titular às 15:20 de 04/06/2015
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