Pela primeira vez, uma pessoa importante do sistema aponta
os verdadeiros responsáveis pela chacina dos nossos craques, treinadores,
dirigentes, árbitros e clubes.
Com um semblante abatido após mais uma batalha de vida ou
morte com o Vitória, o melhor técnico do Brasil, Muricy Ramalho com a chispa de
que existe vida inteligente no mundo de verdades únicas dos ditadores do
futebol, respondeu aos provocadores da tartamudez midiática sobre as razões da
queda de produção do seu time.
Respondeu com perguntas fulminantes e certeiras. Campeonato
Brasileiro, Brasileirão? Isto é Campeonato?
Os jogadores estão no limite de suas forças. Nós não podemos ministrar
treinamentos aos atletas, ter um momento de trégua. Fazemos uma viagem em cima
da outra, com noites mal dormidas, alimentação improvisada, trajetos
gigantescos, tensões estafantes. Somente
logram sobreviver num ambiente tão
hostil, aqueles clubes que contratam duas ou três equipes de alto nível para
substituir e revezar os atletas a cada jogo. Não temos o vídeo da entrevista,
mas as palavras do mestre foram, mais ou menos, essas em resumo.
Se o maior e mais poderoso clube do Brasil mal pode sobreviver
ao insano calendário de tanatos, o que dizer das outras agremiações que
trabalham com orçamentos mínimos e no limite de suas finanças?
Desde a sua criação em 2003, pelos insensíveis escravocratas
do Triunvirato da Morte, que denunciamos este clima de massacre aos atletas e
de tudo e de todos que orbitam ao seu redor. Este tipo de campeonato realizado
em países miniaturas como Itália, Espanha, Inglaterra, França, Alemanha e os
demais macaqueadores europeus já são insuportáveis aos torcedores e fatais para
os atletas e clubes. Agora, imaginem quando são adotados e impostos
reflexamente por executivos sem os mínimos conhecimentos de organização do
futebol, num país continental como o Brasil.
Se um campeonato nacional já é enfadonho e insuportável por
nove meses num território de distâncias médias de 500 quilômetros entre as
sedes dos clubes, então, multiplique por dez e você terá as catástrofes do
brasileirão.
Falência dos clubes, extinção dos excluídos, discriminação
contra os clubes das regiões e Estados distantes dos conchavos de pé de ouvido,
hegemonia fraudulenta e forçada para alguns clubes, eleições fraudadas em todos
os níveis, desvio sistemático de recursos das entidades de prática e diretivas para paraísos fiscais,
contratos falsos e leoninos, sonegação fiscal, etc. etc. O descalabro é grandioso e
assustador.
Entretanto, quando o sistema imposto por uma dúzia de
dirigentes comprovadamente de mau caráter, vitalícios e
sanguessugas atinge mortalmente os artistas da bola que fazem os espetáculos,
então, os responsáveis por 25 anos de massacre do nosso futebol devem pedir
para sair ou fugir do país.
Os idealizadores deste aterro sanitário de atrocidades,
todos de uma etnia de imigrantes estrangeiros de um país onde não existe
futebol, mas apenas uma guerra civil que apenas produz milhões de refugiados e
mortos, pelo seu ditador sanguinário, chegou ao seu melancólico final. Algumas das múmias criadoras desta vergonhosa
destruição dos nossos campeonatos, clubes e atletas, sorrateiramente, pedem Bom
Senso aos atletas massacrados e treinadores em síndrome do pânico e fazem até emblemas enganadores para se manter a odiosa divisão da Pátria
Nação e fomentar o ódio entre irmãos. Todos sabemos quem são.
Em todos os países, nos quais uma região massacra as demais,
a União de Estados acabou em colapso. O
Brasil não é a Síria, nem muito menos a carcomida e despedaçada Iugoslávia.
Pelo banimento dos conspiradores, criadores, mantenedores e apoiadores da
destruição sumária do nosso futebol.
E não adianta panos quentes e comentários encomendados por
aprendizes de feiticeiros e meretrizes cínicas da propina midiática. Em nenhuma
circunstância este sistema de discriminação racial prevalecerá no Brasil.
Artigo de orientação aos 540 atletas brasileiros rebelados que agora somam-se aos grandes treinadores, também vítimas, dos mal feitores de Ali Babá. Todos os cercas de 2400 atletas das Série A e B devem aderir ao protesto, bem como, todos os treinadores torturados. As listas assinadas não devem ser entregues aos carrascos, mas encaminhadas à Presidente da República e a todos os congressistas e governadores. Em nome de suas famílias, esposas e filhos. Não se deixem iludir pela conversa fiada de escovinha e seus miquinhos amestrados.
Procurem nos marcadores do futebol. Existem inúmeros artigos nossos denunciando este massacre desde os primeiros dias destes campeonatos de 20 clubes com pontos corridos e 38 jogos, que se arrastam por meses sem fim. Também, há modelos de calendários de qualidade, sistema de distribuição de recursos justos, democráticos e equilibrados.
Postado às 12:00 hs pelo titular do Blog, ex-atleta, ex-dirigente de clubes massacrados, ex-dirigente de várias entidades dirigentes e de classe, que nunca se deixou corromper pelo sistema ditatorial imposto ao futebol nacional.
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