quarta-feira, 25 de abril de 2012

Campeonato Regional do Nordeste - Passo a Passo

Por um Campeonato Regional do Nordeste mais democrático, melhor organizado, com maior motivação, mais participativo e, economicamente, mais rentável.

Siga, didaticamente, as etapas “passo a passo” para transformação do certame do Nordeste num dos mais dinâmicos e espetaculares do Brasil.



Por Roberto C. Limeira de Castro*



Passo 01 – Utilizar-se-ia o período reservado aos Campeonatos Estaduais previsto no Calendário Nacional da Confederação Brasileira de Futebol para a realização do Campeonato Regional do Nordeste, isto é, entre 15 de janeiro e 15 de maio de cada ano. – Seriam 11 datas aos domingos e mais 06 datas (Domingos e Quartas) para a Segunda Fase, sendo 02 datas para os quatro jogos das quartas de finais (Ida e volta), 02 datas para os dois jogos das semifinais (Ida e volta) e 02 datas para o jogo final (Ida e volta). Total: 17 datas em turno único. O ideal seria que ajustássemos estas onze semanas com jogos aos domingos e quartas, de modo a que tivéssemos jogos de ida e volta na primeira fase dos certames regionais, bastando para isso, alguns ajustes com as datas da Copa do Brasil e da Copa Santander-Libertadores. Acreditamos que com a interveniência e pedido das Federações e clubes, esses Campeonatos Regionais poderiam ser transformados numa primeira fase da Copa do Brasil, com os principais finalistas entrando apenas entre os 32 ou 16 melhores classificados, como funcionava, maravilhosamente bem, na antiga Copa dos Campeões. Essa mudança qualitativa anunciando os certames regionais como sendo a primeira fase da Copa do Brasil, já seria uma grande motivação para os torcedores e atrativo para patrocinadores. Neste caso, a atual Copa do Brasil, com jogos eliminatórios, onde a maioria dos clubes joga apenas uma vez não seria extinta, mas, apenas aperfeiçoada, sendo as datas aproveitadas nos certames regionais.



No período de 15 de janeiro a 15 de maio de cada ano, não seria mais rentável ter um supercampeonato do Nordeste, com 22 jogos aos domingos e quartas com possibilidades de oito clubes disputarem a segunda fase em jogos extremamente rentáveis, campeonato onde 04 ou 03 clubes de cada Estado participam, em vez de apenas um como na atual Copa do Brasil?



A coisa é muito simples. Reúnem-se os 24 maiores clubes do Nordeste e os Presidentes das sete Federações da Região, formam um consenso e levam ao Presidente da CBF. Nunca entendemos por que os dirigentes regionais se recusam a buscar recursos para os seus clubes. Com a força dos vinte e quatro maiores clubes da região e o apoio dos Presidentes de Federações pode-se, simplesmente, se dizer: Não participamos mais de campeonatos falidos para atender interesses políticos de uns poucos e pronto!



Passo 02 – Incluir-se-ia um Grupo Móvel Tático Transitório – GMTT com os principais mercados das cidades interioranas do Nordeste, reforçando o poder de aglutinação e participação dos clubes da região, mantendo-se proporcionais as atuais paridades estaduais.

Clubes ranqueados e Cidades convidadas, por sugestão:

 
Cidade Clube



1. Itabuna – BA Itabuna

2. Itabaiana-SE Itabaiana

3. Arapiraca-AL ASA

4. Caruaru-PE Central

5. Campina Grande-PB Campinense

6. Mossoró-RN Potiguar

7. Joazeiro-CE Icasa

 

Para completar os oito clubes ranqueados a convite do Estado do Ceará, incluir-se-ia o Ferroviário A.C. de Fortaleza, mantendo-se a paridade de 04 grandes clubes dos Estados maiores e 03 grandes clubes dos Estados de menor porte territorial, populacional e econômico.



PASSO 03 – Com o intuito de se manter o certame em alta mercadológica e em consolidação acelerada nos próximos cinco anos, a sugestão seria a manutenção dos dezessete clubes âncoras (maiores clubes do Nordeste no ranqueamento Nacional), sem rebaixamento e mais os 07 clubes do Grupo Móvel Tático Transitório – GMTT numa perfeita simetria regional, organizaríamos o certame dividido em dois grupos, a saber:



Grupo Sul



Bahia – 04 clubes (03 fixos e 01 móvel)

Sergipe- 03 clubes (02 fixos e 01 móvel)

Alagoas - 03 clubes (02 fixos e 01 móvel)

Pernambuco – 02 clubes (1 fixo e 01 móvel no grupo sul)

Total................. 12 clubes



Grupo Norte



Pernambuco - 02 clubes (02 fixos no grupo norte)

Paraíba - 03 clubes (02 fixos e 01 móvel)

Rio G.Norte - 03 clubes (02 fixos e 01 móvel)

Ceará - 04 clubes (03 fixos e 01 móvel)

Total............... 12 clubes



Com essa divisão e simetria quase perfeita, o objetivo seria o da adequação das datas ao Calendário reduzindo-se de 15 semanas (grupo único com 16 clubes em turno único) para 11 semanas (dois grupos de 12 clubes, sendo um Sul e outro Norte, com Pernambuco participando com dois clubes em cada grupo, em função de sua localização simétrica perfeita em relação à Bahia e ao Ceará, com dois Estados menores entre os dois grupos). A primeira fase poderia ser com pontos corridos no âmbito de cada grupo, em turno único alternando-se a ida e a volta, ou com alguns ajustes, poder-se-ia completar jogos de ida e volta com jogos aos domingos e quartas-feiras.



Haveria uma redução de despesas com transporte, hospedagens e alimentação maximizando-se os recursos recebidos



Passo 04 – Ao implementar os dos dois grupos de 12 clubes (Sul e Norte), nos quais, as rivalidades são mais evidentes e tradicionais, em função da proximidade e divisas entre os Estados, o que por si só já justificaria a divisão, poder-se-ia, ainda, se aperfeiçoar a segunda fase, em termos de possibilidades reais de classificações de um maior número de clubes dos dois grupos, mantendo-se as esperanças dos torcedores vivas até o final da primeira fase. Assim, a segunda fase seria organizada em um octogonal cruzado, com quatro clubes classificando-se em cada grupo, sendo a segunda fase complementada com um cruzamento misto entre os dois grupos, ou seja:



1º do Grupo Sul cruzando com o 4º do Grupo Norte

2º do Grupo Sul cruzando com o 3º do Grupo Norte

1º do Grupo Norte cruzando com 4º do Grupo Sul

2º do Grupo Norte cruzando com 2º do Grupo Sul.



Os melhores colocados jogariam por dois resultados iguais contrários ou dois empates, por terem feito um maior número de pontos na primeira fase.



Nossa justificativa para a implantação dos jogos eliminatórios de ida e volta em duas etapas, prende-se ao fato de que o futebol não é apenas uma disputa esportiva insana para a conquista de títulos, troféus e hegemonias enganosas, mas, antes de tudo um negócio comercial mercadológico que envolve recursos de alta monta, os quais, não se esgotam na conquista de fase e do campeonato em si.



Os clubes e Federações necessitam de superávits vitais para os seus crescimentos, desenvolvimento e evolução qualitativa e técnicas, patrimoniais, econômico-financeiras e a conquista de recursos humanos qualificados. Deve-se levar em consideração que, em caso do Campeonato ser realizado no primeiro semestre, logo a seguir vêm às diversas séries do Campeonato Brasileiro e essa possível final da Nova Copa do Brasil ou Copa Santander-CBF ou Copa dos Campeões, como queiram denominar.



Assim, quando se realiza uma partida de mata-mata numa única cidade, alegando-se o fator técnico apenas, do clube melhor qualificado na primeira fase, nega-se, não apenas o fator rentabilidade global do certame, com jogos em dois estádios em vez de um, na melhor fase de arrecadação de recursos para clubes e Federações, além do que estaríamos faltando com respeito aos torcedores de um dos clubes, causando-lhes uma enorme frustração.



Trocando-se em miúdo mercadológico, seria a negação absoluta de um princípio básico da moderna administração de mercados dos negócios comerciais, considerado pelos especialistas como o princípio de fidelização do consumidor, além de princípios fundamentais da administração financeira que é a busca permanente do equilíbrio financeiro, sem falar nas dimensões cívicas do futebol.



Passo 05 – As etapas de semifinais e finais, com jogos de ida e volta, tomariam mais 04 datas, com jogos de alta rentabilidade e interesse mercadológico, nas 03 etapas da 2ª Fase (08-04-02)



O campeonato do Nordeste ficaria maravilhoso se tivéssemos datas até junho para implantarmos o sistema do campeonato carioca – o melhor do Brasil em termos de formatação – com dois turnos distintos e a realização de quadrangulares finais de cada turno, com a oferta de duas taças e a realização de uma partida final, em caso do mesmo clube, não conquistar os dois turnos.



Do Sistema de Acesso e Descenso



Passo 06 – Em paralelo com a Série A do Campeonato do Nordeste contemplando 24 clubes em dois grupos de 12, os clubes de menor porte dos sete Estados seriam reunidos no âmbito intraestadual para a disputa da Série B, com os jogos em dias apropriados que não coincidissem com os jogos da Série A, o que seria decidido no respectivo Conselho Técnico e apoio financeiro dos Governos Estaduais e Prefeituras Locais. O número de clubes dos sete grupos estaduais poderia até aumentar um pouco, para até oito ou dez clubes, oferecendo maiores oportunidades e várias cidades médias importantes da região, desde que não deficitário.



Passo 07 – No final das duas Séries A e B do Campeonato Regional do Nordeste, em maio de cada ano, os respectivos clubes campeões dos sete grupos estaduais da Série B seriam convocados para os hexagonais finais dos correspondentes campeonatos estaduais a serem realizados no final do ano (15 de Nov a 15 de Dez), juntamente com os 24 clubes participantes da Série A do Campeonato do Nordeste.



O objetivo dessa convocação seria o de manter a tradição e as rivalidades dos Campeonatos Estaduais, altamente motivados, para a escolha dos representantes dos Estados, nos seguintes certames

:

7.1; Na Copa do Brasil no formato atual, caso permaneça.,



7.2 Na Série D do Campeonato Brasileiro.



7.3. Escolha dos sete primeiros clubes estaduais integrantes do Grupo Móvel Tático Transitório – GMTT para a próxima edição da Série A do Campeonato do Nordeste, excetuando-se os primeiros 17 clubes do Ranqueamento Nacional de CBF. Total: 24 clubes (17 primeiros ranqueados mais os 07 do GMTT melhor classificados em seus respectivos campeonatos estaduais (finais). Assim, não haveria rebaixamento dos clubes âncoras e o GMTT contemplaria mais um de cada Estado por seus próprios méritos no âmbito de seus respectivos estaduais. Seria bom frisar que esse ranqueamento nacional não é algo imóvel, mas, dinâmico, já que, todos os anos acrescentam-se novos pontos, o que significa que haveria uma disputa salutar entre os últimos clubes ranqueados e os primeiros do GMTT.



Passo 08 – Estas indicações nas finais estaduais teriam os seguintes objetivos:



8.1 – Manter as tradições centenárias dos certames estaduais, ainda mais motivadas, em torneios de tiro curto e muito rentáveis.

8.2 – Indicar os clubes do interior para o Grupo Móvel Tático Transitório – GMTT da Série A do Campeonato do Nordeste.

8.3 – Manter o ranqueamento nacional para a escolha dos 17 clubes âncoras do certame do nordeste, incólumes ao rebaixamento (Clubes Fundadores da Competição)

8.4 - Incrementar uma nova e benéfica rivalidade entre os clubes médios estaduais para a disputa do GMTT, nos respectivos certames estaduais.



Passo 09 – Entre os clubes campeões de cada grupo Estadual nas disputas dos seus Estaduais Finais, o clube de melhor índice técnico seria declarado Campeão da Série B do Campeonato do Nordeste, no sentido de se evitar maiores despesas de transportes. Assim, as finais dos sete estaduais seriam verdadeiros acontecimentos importantes para esses clubes participantes, com a Liga de Futebol do Nordeste, entregando o troféu da Série B e quem sabe até um prêmio em dinheiro, dentro do orçamento da Liga. Outra hipótese mais cara seria a disputa entre os sete campeões dos grupos estaduais da Série B, num heptagonal final, desde que feita a divida análise de sua rentabilidade. Essa hipótese tem um agravante, pois, alteraria a paridade entre os Estados, já que o campeão poderia vir de qualquer uma das unidades federativas. A primeira hipótese tem a vantagem de manter a paridade sete - 4/3 inalterada.



Importante!



Pelo sistema adotado na edição de 2010, apenas um clube poderia ser rebaixado no final do certame, o qual seria substituído pelo clube melhor qualificado do Estado, do qual, houve um clube rebaixado, O objetivo é a manutenção da paridade 3/2, o que está corretíssimo para se evitar o esvaziamento dos clubes de determinados Estados, enfraquecendo-se a unidade da Liga e provocando-se atritos entre as Federações Estaduais.



Entretanto, tira-se a oportunidade dos demais clubes estaduais da região de ter acesso ao campeonato, prejudicando-se, em muito, o sistema de mobilidade. No caso de implantação do sistema GMTT, haveria a interdependência entre todos os certames estaduais e o certame regional, nas quatro linhas do gramado, motivando-se, significativamente, as finais dos certames estaduais.





Passo 10 – Ao longo dos anos, com a consolidação dos dois certames (Estaduais Finais e as Duas Séries do Certame do Nordeste), os clubes iriam somando pontos suficientes no âmbito dos certames nacionais e Copa do Brasil, caso esta permaneça, por méritos próprios para galgar o grupo semi-fixo do campeonato regional.



Passo 11 – Do Caso Especial – Em caso, de um clube do GMTT se sagrar Campeão do Campeonato do Nordeste (uma possibilidade real), o último clube colocado no ranqueamento nacional do Grupo Semi-Fixo ( o 17º) cederia o seu lugar para garantir a presença do Campeão na próxima edição da Série A do Campeonato do Nordeste, apenas na edição seguinte,



O clube cedente, entretanto, não teria a sua vaga preterida no próximo certame do Nordeste da Série A, pois, poderia reconquistar a sua vaga, de volta, nas próximas finais dos certames estaduais, via GMTT restabelecendo a sua antiga posição no ranqueamento no ano seguinte, em caso, lógico, de nenhum outro clube do GMTT vir a repetir a façanha de se tornar, novamente, campeão do nordeste ou superá-lo no ranqueamento nacional.



Um modelo a ser seguido



Espera-se que esta modalidade de organização nas Séries A e B do Campeonato do Nordeste, venha servir de modelo para os demais campeonatos regionais a serem implantados nas diversas regiões futebolísticas do país, com os seguintes benefícios:



1 – Incremento, consolidação e divulgação em massa das grandes marcas regionais;

2 – Manutenção da paridade e proporcionalidade entre os Estados maiores e menores de cada região;

3 – Não rebaixamento dos clubes âncoras que são os responsáveis pelo sucesso financeiro dos certames;.

4 – Alta mobilidade e interdependência entre as competições em diversos níveis territoriais;

5 – Manutenção das tradições e rivalidades estaduais e regionais, com modificações mínimas no Calendário Nacional;

6 – Rentabilidade e motivação mercadológica em alta;.

7 - Calendário eficiente e participativo;

8 – Financiamento da TV e cobertura mercadológica com divulgação massiva das marcas em rede.

9 – Crescimento patrimonial, econômico e técnico, constante e gradual, dos grandes, médios e pequenos clubes regionais nos seus respectivos mercados;

10 – Fortalecimento econômico das Federações Estaduais de Futebol, como conseqüência natural do crescimento de todos os clubes estaduais e diversificação das fontes de recursos;

11 – Participação, cada vez maior, dos clubes regionais na integração nacional e continental, tendo como base, as dimensões territoriais, demográficas, sócio-econômicas, étnicos-formadoras da Nação e Político-Administrativa divisional do Brasil. Sustentamos que, uma região futebolística brasileira com território, economia e população superiores à maioria dos países sul-americanos, deve ter o mesmo direito à integração continental que os países do continente, ou seja, vagas na Copa Santander-Libertadores ou Copa Congênere;

12 – Exposição dos craques regionais nas vitrines televisivas em todos os níveis territoriais do mapa mundial, que venha servir de incentivo à diversificação das fontes de recursos e financiamento e à formação de atletas jovens nas bases dos clubes.



Conclusão



Para aqueles que vivem dizendo “Sim Senhor, Amém!” às formulações amadorísticas, coloniais e de manipulação da cúpula do futebol brasileiro para garantir vantagens eternas aos associados do C13, em 1992, quando um dos seus membros, O Grêmio de Foot-Ball Portoalegrense foi rebaixado para a série B, a solução de virada de mesa encontrada para salvar o clube apaniguado foi à inclusão repentina de mais 08 clubes convidados para a Série A de 1993, aumentando os participantes de 24 para 32 clubes, em quatro grupos de oito associações. Para essa finalidade ilegal foi possível alterar o número de participantes para 32.



A inconsistência foi de tal ordem artificial, que em 1993 foram rebaixados os mesmos clubes que ascenderam, mesmo tendo o Campeonato Brasileiro daquele ano, sido o melhor certame, de toda era decadente do nosso futebol (1986-2010), em termos de participação democrática e média de público.



E, qual o porquê dessa incongruência?



Exatamente, porque a Série “A” com 32 clubes com 02 grupos de 16 ou 04 grupos de oito, é a melhor e mais representativa formulação para o grupo de elite do futebol brasileiro.



A atual formulação caricata e imitativa dos certames nacionais de pequenos países europeus com 20 clubes se tornou na grande desgraça do nosso futebol, porquanto, engessa o futebol de todas as regiões do país, transformando o nosso futebol numa potência de quarta ou quinta categoria, nos equiparando ao futebol de pequenos países europeus, latino-americanos e de outros continentes com 1/3 do nosso território e 1/10 de nossa população. Essa política nefasta somente interessa aos nossos adversários e concorrentes. Do ponto de vista interno, não passa de mentira ideológica repetida sem parar, apenas para manter a hegemonia vergonhosa do C13 (Atualmente, para redenção do futebol brasileiro, finalmente extinto e sepultado)



Essa interferência da uniformização de formulações para países nanicos aplicadas ao um país continental como o Brasil que se equipara a todo o futebol europeu significam perdas financeiras de pelo menos R$ 3 bilhões por ano para os cofres de nossos clubes, federações e parceiros promotores e televisivos.



E por que essa aberração financeira econômico-financeira é perpetrada contra o nosso futebol?



1. Para atender os caprichos hegemônicos e manipulativos de apenas 12 clubes de quatro áreas metropolitanas do país que tem todos os parcos recursos do nosso futebol carreados para os seus cofres em detrimento de todos os demais clubes de quatro das cinco regiões geográficas do Brasil, que formam o conjunto étnico da Nação Brasileira, incluindo até as áreas interioranas dos próprios Estados onde se localizam estas áreas metropolitanas.



2, Manutenção da política colonial-imperial do Rio de Janeiro, como formuladora de política para os esportes no Brasil, particularmente, o futebol, com a sua interferência nefasta no progresso esportivo do país.



Assim, torna-se perfeitamente viável, tecnicamente, a implantação deste sistema GMTT nas quatro Séries do Campeonato Brasileiro, com participação democrática de um maior número de clubes em todas as Séries, a saber:



Série A - 32 clubes com 22 associações no grupo semi-fixo (clubes âncoras) e mais oito clubes campeões advindos, um de cada região do país, e mais duas equipes (campeão e vice-campeão) da Série B. Esses 32 clubes poderiam ser divididos em 02 grupos de 16 clubes diminuindo o número de jogos por turno de 19 para 15, com possibilidades de se confinar os certames nacionais no segundo semestre de cada ano, no âmbito de um Calendário que contemple, também o desenvolvimento do futebol regional.



Série B – 48 clubes com todos os clubes advindos dos oito certames regionais, da 2ª até 6ª colocação num total de 05 clubes vezes 08 regiões, totalizando 40 clubes e mais oito equipes ascendendo da Série C do ano anterior. Seriam 03 grupos de 16 clubes cada, jogando em datas semanais alternativas, como atualmente, em todos os recantos do país, de forma regionalizada.



Série C – 64 clubes no mesmo sistema da Série B, com todos advindos das classificações dos oito certames regionais da 7ª a 13ª colocações, num total de 56 clubes com 08 subindo da Série D do ano anterior.



Série D – Todos os demais clubes do Brasil que pertençam às Série As dos seus respectivos certames estaduais, no âmbito interestadual não incluídos nas quatro séries dos certames brasileiros participariam desta Série, em 27 grupos estaduais, com os respectivos campeões, dentro do próprio semestre, se somando aos 05 vice-campeões dos Estados de maior PIB. Para a disputa da segunda fase. A estrutura básica deste certame já está dada e correspondente as Copas Estaduais para se manter os clubes locais em atividade no segundo semestre. Oito subiriam para a Série C do próximo ano. Portanto, seriam essas Copas altamente motivadas.



Seria o fim da desgraça do rebaixamento compulsório de dezenas de grandes clubes brasileiros, a racionalização do nosso futebol, o fim das superposições de certames, e a integração de todas as regiões, clubes e federações do país, com as suas dimensões territoriais, demográficas, econômicas, culturais e étnico-formadoras do Brasil no Continente Sul-Americano.

Este artigo foi escrito ao longo do ano de 2010 quando da primeira versão do Campeonato do Nordeste (Pós decisão transitada em julgado e acordo firmado entre a Liga do Nordeste e a Confederação Brasileira de Futebol, pela Juiza que decidiu pelo acordo entre as partes em última instância).Por sinal, um certame feito às pressas, mal elaborado, cheio de paralisações em paralelo com as quatro Séries do Campeonato Brasileiro e defeitos insanáveis. Mesmo assim, foi válido, pois significou a ressurreição do pioneiro e melhor campeonato regional do Brasil, cuja extinção foi catastrófica para todos os clubes regionais do Brasil.

 
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* O autor é economista formado pela UFPB com mais de 30 anos de atuação, em clubes, federações e Ligas Regionais e idealizador do atual conjunto de certames regionais do Norte, Nordeste, Sul e Centro-Oeste com os clubes em proporcionalidade participando de uma Copa dos Campeões na seqüência e totalmente integrados no sistema continental Sul-Americano - NBA adaptado ao futebol brasileiro. Seus projetos podem ser encontrados na internet no endereço http:www..obrasilnovo.blogspot.com/.

Postado no Blog pelo seu titular Roberto C. Limeira de Castro às 7:15  no sentido de proporcionar um debate mais intenso sobre a sobrevivência do futebol regional do Nordeste, diante do Absurdo Institucional ao deixar de fora do certame alguns dos principais clubes de massa da região e fundadores da competição.





3 comentários:

Geandeson disse...

Concordo com tudo que você escreveu!Tá de parabéns!

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