Absurdo Institucional: Clubes Fundadores do Campeonato do Nordeste ficarão de fora da competição regional.

Tivemos participações importantes nos grupos de idealizadores de primeira hora dos campeonatos regionais no Brasil, na formulação ao estilo do sistema NBA atual, entre os quais, o certame correspondente à região futebolística do Nordeste. Por esta razão, sentimo-nos na obrigação de alertar aos dirigentes dos clubes participantes e das Federações Estaduais e admiradores deste grande campeonato, para os possíveis comportamentos autoritários das entidades que possam inviabilizar a sua realização.

Estamos nos referindo ao formato acordado, unilateralmente, entre as entidades e a Confederação Brasileira de Futebol sem uma consulta prévia, aos grandes clubes regionais fundadores da competição.

A rígida vinculação entre os primeiros clubes classificados nos campeonatos estaduais como exclusivo ponto de partida da escolha das agremiações participantes do referido campeonato regional, além do número limitado de clubes incluídos, promete um racha e uma desunião entre os dois grupos de entidades que em nada contribui para o sucesso e o futuro desta fabulosa competição.

O campeonato regional sempre teve como objetivo fundamental a melhoria econômico-financeira dos clubes das respectivas regiões e não a restrita visão política das entidades.

Como profundo conhecedor das duas vertentes corporativas, para as quais trabalhei por anos a fio, totalmente incompatíveis, em princípio, temos nos dedicado a encontrar uma solução negociada que contemple as duas correntes, no sentido de contornar um possível conflito, o qual no calor do debate autoritário, se nos apresenta, a primeira vista, como inconciliáveis.

Sustentamos que existe uma fórmula de organizar o referido certame que pode, com tranqüilidade, atender aos dois grupos de forma absolutamente simples.

Para esta finalidade, visando à compreensão do problema que pode vir a transformar-se num óbice extremamente conflituoso, com a interposição de ações na justiça esportiva e comum do lado das partes prejudicadas, ou até do cancelamento da competição, resumimos de forma didática esta possível formulação conciliatória, em tempo de salvarmos o nosso belíssimo campeonato do nordeste já autorizado para o Calendário Nacional de 2013.

Vejam a simplicidade da formulação:

1. Os 16 clubes fundadores da competição e melhores ranqueados na classificação nacional da entidade maior na região em pauta teriam as suas vagas garantidas na competição de 2013;

2. Para completar um número adequado de clubes participantes com base em (16 + 1) clubes credenciados na Classificação Nacional, convida-se este referido clube extra, denominado de 17º do Ranking.

3. Para atendimento à reivindicação das sete Federações Estaduais no sentido da vinculação das competições estaduais com a regional e motivar àquelas últimas através do princípio de interdependência das competições seriam chamados os primeiros colocados dos certames estaduais do ano anterior num total de sete novos participantes, os quais complementariam o grupo de 24 clubes participantes no próximo certame de 2013, já homologado.

4. Assim, estaríamos criando uma nova sistemática de ascensão ao campeonato de nível superior sem perdermos a qualidade proporcionada pela presença dos maiores clubes âncoras de massa que dão sentido e sustentação econômica aos certames regionais.

5. Além, do sucesso econômico estaríamos criando uma nova e espetacular forma de ascensão de conformação mista, que denominamos de Paridade Sete, que mantém para todos os anos subseqüentes, a participação de um número fixo de clubes de cada Estado na competição.

6. Estes oito clubes acrescentados não alterariam em praticamente nada a repartição dos recursos da TV, tendo em vista, que implicaria na ampliação do mercado com o acréscimo de sete novas cidades médias, além do seu aperfeiçoamento, o que atrairia inúmeros outros apoiadores televisivos e patrocinadores para o campeonato através dos anos.

7. As datas poderiam ser ainda, reduzidas com a introdução da divisão simétrica da região Nordeste, conforme propusemos em dois grupos de doze clubes nas extensões Norte e Sul, tendo o Estado de Pernambuco no centro estratégico regional.

Para entendimento mais detalhado e completo deste sistema conciliatório que criamos, segue o artigo “ Nordestão Passo a Passo” para avaliação pelas partes interessadas.

A conciliação política é e sempre será um fator de agregação, sinergia para o progresso, pacificação de conflitos, participação democrática e desenvolvimento da humanidade.

Com a palavra as partes em conciliação.

Artigo escrito pelo titular do Blog Roberto C. Limeira de Castro às 14:20