Por um campeonato brasileiro digno deste nome. Lute por esta ideia.

Tornando os campeonatos brasileiros das séries “A”, “B”, “C”, e “D” mais organizados, mais competitivos, mais emocionantes, mais isonômicos, mais transparentes, mais honestos e mais rentáveis.

1. O campeonato da Série “A” teria 32 clubes divididos em dois grupos de 16 associações. Assim, poderia ser jogado em apenas 30 datas do segundo semestre, sendo 22 domingos e apenas 08 quartas-feiras, no caso do atual sistema de pontos corridos, com apenas jogos de ida e volta e fase única.

Com 16 clubes em cada grupo, cada clube jogaria apenas 15 vezes por turno.

Aumentando apenas mais 06 quartas-feiras e poderíamos, ainda, realizar um octogonal olímpico com os 04 primeiros do primeiro turno e os quatro primeiros do segundo turno, cruzando o primeiro com o oitavo, o segundo com o sétimo, o terceiro com o sexto e o quarto com o quinto, considerando-se, neste caso, o primeiro do turno com o quarto do returno como oitavo no cômputo geral, o segundo do turno com terceiro do returno, o terceiro do turno com segundo do returno e finalmente, o quarto do turno com o primeiro do returno, estes últimos equivalentes no octogonal ao quarto e quinto.

O objetivo seria o cruzamento dos melhores do turno com os melhores do returno no sentido da amortização dos possíveis erros de arbitragens ao longo do certame, a queda no clima de motivação e a manutenção do clima de emoção entre os torcedores, dirigentes, atletas, treinadores e financiadores.

Ao zerar os pontos para este octogonal final, os melhores classificados ganhariam apenas a vantagem de jogar por dois resultados iguais.

A série “A” terminaria em 30 de novembro, deixando-se as três primeiras semanas de dezembro para os quadrangulares e hexagonais finais dos certames estaduais.

Nossa sugestão seria que as 06 quartas-feiras de agosto e setembro fossem reservadas para o octogonal da Copa Libertadores da América na sua nova versão, com essa fase do torneio sendo jogada apenas com os quatro melhores do Brasil (CBF) e os quatro melhores da América Espanhola (Conmebol). Explicaremos melhor na seqüência resumida no final.

Primeiro Semestre

Oito campeonatos regionais com até 24 clubes, em dois grupos de 12, a critério dos dirigentes de cada região em seus congressos técnicos. Seriam no máximo 22 datas em pontos corridos com jogos de ida e volta e mais seis quartas-feiras reservadas para o octogonal final pelas mesmas razões da série A do Brasileirão, ou seja, corrigir possíveis distorções ao longo do campeonato.

Neste caso, a Série “A” dos certames regionais seria jogada aos domingos com algumas quartas-feiras escolhidas e Série “B” destes mesmos regionais jogada as terças e sábados, a exemplo das Séries A e B do Brasileirão, para se evitar a concorrência predatória.

No caso da série B, seriam sete grupos correspondentes ao sete Estados, isto é, no âmbito de cada Estado no sentido de reduzir os custos.

Após as fase finais dos certames regionais seria jogada a Copa dos Campeões Regionais do Brasil (Espécie de Copa Libertadores do Brasil), organizada, a exemplo da Copa dos Campeões da Europa, em grupos de quatro clubes por sorteio com os respectivos cabeças de grupos.

O objetivo desta medida seria o de dar prioridade aos clubes brasileiros de todas as regiões, os quais deveriam estar sempre em primeiro plano nas preocupações dos dirigentes brasileiros e não os clubes dos países visinhos da América do Sul. Os torcedores dos grandes clubes brasileiros estão espalhados por todos os Estados do Brasil e não nos países sulamericanos.

Além disso, haveria um menor desgaste dos atletas, dirigentes, treinadores, árbitros e jornalistas que cobrem os eventos.

Os dez primeiros colocados do Brasileirão série “A” estariam classificados para este torneio nacional e mais 22 melhores clubes classificados nos respectivos certames regionais, segundo proporcionalidade demográfica, como se fazia nas escolhas dos clubes participantes da antiga Copa dos Campeões.

Estariam extintas, a Copa do Brasil na modalidade atual de jogos eliminatórios e a Copa Sul-Americana por serem certames superpostos e extremamente desgastantes para todos.

Resumo para melhor entendimento:

 

Campeonato Brasileiro da Série “A”

22 clubes primeiros do ranqueamento nacional da CBF (rebaixáveis apenas se perderem a classificação entre estes 22 melhores no Ranqueamento, ao longo do tempo, com a contagem de novos pontos e conquistas).

E mais, os oito campeões regionais dos seguintes certames, realizados no primeiro semestre, entre 15 de janeiro e 30 de maio de cada ano.

1- Campeonato Regional do Sul – RS-SC-PR e talvez se pudesse incluir os quatro grandes clubes de Mato Grosso do Sul. Seria uma nova versão futebolística da região Sul no Estatuto da CBF.Poderia se incluir até 24 clubes divididos em dois grupos de 12, mantendo a paridade de quatro.

 

2- Campeonato Regional de São Paulo, que pela sua grandeza e poderio econômico desequilibraria qualquer região com a sua inclusão. Poderia seguir a atual composição com vinte clubes ou aumentar mais quatro a exemplo da nossa sugestão para o Nordeste e Sul, em dois grupos de 12 com octogonal final. Dois grandes clubes como cabeça de chave de cada grupo. Apenas uma sugestão.

3- Campeonato Regional do Rio de Janeiro, seguindo, se os dirigentes assim o desejassem, a mesma sistemática acima sugerida, incluindo clubes da primeira e segunda divisão, já que não haveria problemas com a divisão de recursos. Quanto maior o número de clubes fluminenses vier a participar mais o Rio de Janeiro poderia mais clubes representantes em todas as séries dos certames nacionais. Logo a seguir daremos as explicações.

4 -Campeonato Regional do Nordeste – Nossa sugestão, do ponto de vista mercadológico, seria a inclusão dos 17 primeiros ranqueados da classificação nacional e 07 clubes de grandes cidades do interior na primeira versão e em seguida definindo os novos participantes advindos da Série B nas fases finais dos certames estaduais jogados no final de cada ano. O objetivo seria o de manter a paridade sete, mantido o número de participantes de cada Estado sempre fixo.

Seriam 12 clubes do grupo sul (BA(4) SE(3), AL(3), PE (2) e 12 clubes do grupo norte, com PE entrando com mais dois clubes e totalizando quatro, além de PB(3), RN(3) e CE(4). Com a realização de um octogonal final.

5 -Campeonato Regional do Meio Norte, com o número de participantes a critério dos dirigentes locais. Participariam clubes do Amapá (sugestão 04), Pará (sugestão 06), Maranhão (04), Piauí (04), Carajás (02 na primeira versão até o Estado ser criado), Maranhão do Sul (02) e Gurguéia (02). Total: 24 clubes em 02 grupos de 12. Paridade: 07.

6 -Campeonato Regional da Amazônia Ocidental: Clubes do AC (03), AM (05), RO(03), RR(03) e Tapajós (02). Total: 16 clubes em dois grupos de oito.

7 -Campeonato Regional do Centro-Oeste, com 24 clubes do DF(03), GO(06), TO(03), MT(04), Mato Grosso do Norte (02), São Francisco (02), Araguaia (02) em dois grupos de 12.

 

8 - Campeonato Regional do Leste com até 16 clubes de MG (06), Triângulo (02), ES (04), Santa Cruz (02) e Minas Norte (02), podendo ser ampliado até 24 clubes em certames próximos.

Somando-se os 22 primeiros do ranqueamento nacional e mais os oito campeões regionais e mais os dois primeiros da Série B do ano anterior teríamos, então, 32 clubes na Série A, divididos em dois grupos de dezesseis (16), com a participação de pelo menos um clube de cada região étnica que compõe a Nação Brasileira, sempre.

Série B do Campeonato Brasileiro – 48 Clubes em três grupos de 16 agremiações, de modo regionalizado.

Estes 48 clubes seriam móveis-mutantes a cada ano, já que as suas indicações dependeriam de suas boas classificações nos certames regionais acima.

 

Esta série seria composta com os classificados de 02 a 06 de cada certame regional, totalizando 40 clubes advindos dos 08 regionais e mais oito clubes que ascenderiam da série C do ano anterior, melhorando a mobilidade.

Este sistema garantiria a participação igualitária de todas as regiões do Brasil, tendo em vista que o sul e sudeste já participam com um grande número de clubes de seus Estados e ainda teria o Sudeste comparecendo com 03 certames regionais (SP-RJ e Leste), ou seja, o Sul-Sudeste com 20 dos quarenta clubes advindos dos certames regionais e mais a maioria da Série A.

Campeonato Brasileiro da Série “C” com 64 clubes regionalizados divididos em quatro grupos de 16 agremiações, também em sua maioria advindas dos oito certames regionais, num total de 56 (07 clubes de cada região) e mais oito clubes vindos da Série D do ano anterior, repetindo a grande mobilidade entre as divisões.

 

Finalmente, Campeonato Brasileiro da Série D, com todos os demais clubes médios e pequenos de todas as 27 Federações, em torneios estadualizados no segundo semestre, classificando-se o campeão de todas as unidades federativas e mais os vice-campeões das cinco unidades mais ricas (SP-RJ-MG-RS e PR). A partir do término desses torneios estadualizados, a segunda fase seria decidida através de grupos de quatro clubes (ideal) afunilando para 16, 08, 04 e 02, ou em sistema de mata-mata, em caso de restrição de calendário.

Todos os certames obedeceriam a mesma sistemática da Série “A” em dias alternativos:

Série A – Domingos e quartas-feiras

Série B – Terças e Sábados

Série C - Segundas e Sextas-Feiras

Série D - Quintas e domingos.

 

Não haveria problemas de recursos para cobrir as despesas com os certames, uma vez que todos os clubes profissionais constantes do ranqueamento nacional da CBF receberiam os seus quinhões via Fundebol – Fundo Nacional de Financiamento ao Futebol, sendo os Estados mais pobres e com menor pontuação no ranqueamento ajudados com subsídios do Ministério dos Esportes (complementação), Secretárias Estaduais de Esportes (verba orçamentária aprovada pelas Assembléias Legislativas Estaduais.

Observem como as quatro séries do campeonato brasileiro seriam mais equilibradas do ponto de vista financeiro e da distribuição de recursos:

Campeonato Brasileiro da Série A de 2012 (Exemplo). Como seria com a implantação da nova fórmula democrática. Quarta coluna - pontuação no ranqueamento nacional já atualizada com os pontos da antiga Taça Brasil e na quinta coluna - Valores em milhões de reais que o seu clube receberia com a nova distribuição de receitas do Fundebol. Aí, valeria mesmo a competência tática, técnica e organizacional e não o apadrinhamento que ludibria os torcedores brasileiros e envergonha toda a Nação.

Na ultima coluna à direita, o leitor poderá visualizar os valores em milhões de reais que o seu clube receberia com a implantação do novo Fundebol -  Fundo de Financiamento para o Desenvolvimento do Futebol, com uma distribuição mais equitativa entre todas as regiões, clubes e federações brasileiras. Não se trata de ficção, mas apenas da divisão dos R$ 2 bilhões (valor real hoje dos certames inscritos nos dois semestres do ano), que pertecem a todos filiados e filiadas vinculados ao Sistema Federal de Futebol. Estes valores podem ainda ser significativamente aumentados nos próximos anos com a inclusão de outras taxas estratégicas que hoje se esvaem pelo ralo da corrupção e da falta de competência.

No próximo post falaremos sobre o Fundebol, os certames regionais, inclusive o Campeonato Regional do Nordeste e sobre as demais Séries do Campeonato Brasileiro e de outros assuntos pertinentes.

Saia da moita, lute por seus direitos líquidos e certos e vamos aperfeiçoar maravilhosamente o futebol do Brasil. O ditador e a sua corja estão com os dias contados.

Postado pelo Blogger as 15:35 de 10 de janeiro de 2012.