Um milionário do antigo Vikingstão colocou o Basbacquistão - corruptela de PAS-PAC-QUISTÃO – à venda pela bagatela de US$ 50 bilhões, enquanto, meia dúzia de monges jurados de morte do Neo-Catesquistão tentam separar a Província do Xinguquistão, deixando a República do Impostômetroquistão em completo apagão nas próximas décadas. A ação anti-social contra o futuro de 190 milhões de habitantes do país está sendo implementada com apoio da guerrilha invisível-alienígena do Ongquistão e do Cayapósquistão e visa impedir a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, cujo projeto pretende gerar energia limpa e fundamental para os 23 milhões de habitantes da região norte e para o desenvolvimento econômico regional e nacional.Enquanto isso, o soberano do EiaRimaquistão, Mink I que substituiu Pelé-ga I, combate intensamente os incendiários do Sojiboisquistão.
Até aí, tudo como dantes no castelo de Abrantes.
Entrementes...por conta do batizado da nossa primeira neta, tivemos que viajar até o país do Tabajaririquistão (Terra dos Tabajaras e Cariris), já pacificados, mas, ainda, renitentes quando se trata do comando do Caixa das Aldeias Desunidas.
Três anos se passaram da última visita em 2005 e pouco mudou na pasmaceira, onde os Albuquerques-Maranhão, proprietários da província litorânea do Cunhaúquistão há 500 anos disputam o Palácio da Redenção com a aliança dos Cunhas e dos Lucenas do Caririquistão numa maratona sem fim de impugnações, recursos e liminares.
Indignado com os países limítrofes mais ricos que esmagam a economia dos mais fracos, segundo o seu diagnóstico, o príncipe herdeiro do Caririquistão, Cunhão II, viajou, recentemente, até o Tataristão na Federação Russa para negociar a exploração das extensas jazidas de petróleo do Dinossauroquistão e a possível construção de uma refinaria no eterno anexo do Frevoquistão, do Axéolodumquistão e do Cabeçachataquistão.
Certamente, também, já desconfiou que no país dos milagreiros, o nosso petróleo somente está disponível nas possessões de 300.000 Km² do Pauliocquistão de propriedade exclusiva da Petropaulioca S.A. No restante dos 8.200.000 Km², o ouro negro, assim como o futebol e outras cocitas estão terminantemente proibidas por decreto real de Sua Majestade Dom Serra Cabral Teixeira de Orleans e Bragança.
Esta província petrolífero-etanóica única por decreto imperial encontra-se, entretanto, em estado permanente de rebelião civil, com os vários grupos guerrilheiros do Cvquistão dividindo o domínio das montanhas do Favelisquistão, do Narcotrafiquistão, do Canabisquistão com os traficantes de botijão de gás da Miliciaquistão. Na província aliada ao sul, a guerra sem trégua se trava entre os guerrilheiros do PCCquistão e os agentes do Presídioquistão sob a proteção do exército do Prendiquistão.
Enquanto isso, intenso é o sofrimento dos moradores das baixadas do Cruzcredoquistão, do Xeirapóquistão e Viacrucisquistão, que vivem em pânico permanente em função das balas traçantes perdidas da guerrilha sem fim. Essa guerra entre Caveirões e Caveirinhas é tenebrosa e desigual, onde todos os cidadãos têm que andar com cuecão de plástico e fraldas descartáveis, vela de funeral e jornal para cobrir o corpo, pois, a qualquer momento podem bater a cassuleta, inadvertidamente.
Guerrilha energética de selva, de verdade, ocorre, entretanto, no território do Basbacquistão por conta da insurgência da província estatal do EiaRimaquistão onde Eia Rima com Peia nos tornozelos dos habitantes da Federação dos Estados Inexistentes, que o novo gestor do engessamento compulsório das Províncias abandonadas do Setentrião estão sob o comando discricionário de Mink I, parente próximo dos ecológicos cachalotes Mink que substituiu Pelé-ga I, soberana verde do Acrequistão, agora elevado a paraíso da Cana-de-Açúcar e do etanol.
Ele ameaça seqüestrar todos os bois encontrados em meio a grande floresta num raio de 5.000.000 Km² que não apresentem o certificado de pedigree e prova de que nasceram de gado certificado pelos frigoríficos europeus e asiáticos. Para isso, já entregou a vastíssima reserva de etanol de madeira destinada a ser queimada para a produção de fumaça e CO2 pelos temerários do Sojiboisquistão ao Exército e a Guarda Nacional, os quais, deverão contratar mais cerca de 1 milhão de fiscais. O lema do novo soberano é o bolero de Elis Regina “Dois para lá, dois para cá”.
Mas, voltando ao objetivo da viagem, sempre fomos ligados ao futebol por laços de infância (cachaça primeva) e para inspecionar os novos avanços dos clubes Tabaréus, comparecemos a alguns alçapões do Teimosoquistão para verificar o estágio tecnológico dos grandes clubes locais da aldeia de Piragibesquistão, os chamados Teimosões com as suas Teimosinhas.
Explicamos: Teimosinhas são escadas largas e de pequeno porte, levantadas em alvenaria com recursos dos abnegados aposentados, em meio ao lodo e ao lamaçal para cerca de 300 testemunhas cada, que ainda comparecem ao que restou de uma velha rivalidade futebolística de cerca de 80 anos chama Botauto (Botafogo-PB versus Auto Esporte Clube).Eles juram que são arquibancadas, mas, são na verdade, o atestado da decadência do futebol da Capital da velha Piragibesquistão.
Enquanto isso, a dinastia do Kingsportquistão continua soberana nos seus 30 anos de política de arrasa-terra e de lealdade canina ao Rei da Cocada Preta dos Pauliôcos. Para quem não sabe, pauliôcos são os habitantes do Pauliocquistão, província hegemônica do sudeste e aliada do Belôquistão e do Guaíbaquistão no país imaginário da Bota Brasileira do Vitalícioquistão. Para ser um desastre completo só falta o S.
Recentemente, os camisas pretas da conexão Prende-Solta tomaram de assalto a sede da Holding dos materiais esportivos na operação Desratox, com mandado de busca e apreensão, algemas e interventor federal, por conta de uma rixa com um ex-aliado que caiu em desgraça e bastou um telefonema do Soberano do ArquivabortaCPIsquistão para a esplanada de Copadequatorzequistão para que a princesa do Holywoodquistão voltasse com os seus herdeiros cinematográficos ao trono.
Ovacionada pelas dezenas de assalariados de sua extensa folha de pagamentos de R$ 100,00 mensais por cabeça, a Madrinha dos amadores fantasmas re-assumiu o trono e, ainda, recebeu a nomeação para o alto cargo de Sub-Presidente do Contra-vice da Sub-Secção Nordeste do Vitalicioquistão e de lambuja a indicação do Patriarca Matheus do Nordeste para o elevado cargo de Conselheiro Ancião dos Treze Cafifas, em reconhecimento pelos excelentes serviços prestados ao Clube dos Treze.
A Aldeia de Piragibequistão continua linda e agora bem cuidada pelo novo Alcaide-Mor. Mesmo assim, ele caiu em tentação e resolveu caiar pela décima vez os muros, as escadas largas de alvenaria e as muretas do alambrado do velho estádio do Dolaport para que os peladeiros do bairro de Cruzdasarmasquistão continuem com as suas peladas imemoriais. Uma obra de “plus ultra prioridade” para os interesses futebolísticos dos amadores e paspalhões da Província do Tabajaririquistão.
Outra coisa boa que presenciamos foi a Copa Nordeste de Seleções Juvenis de Basquete, muito bem organizada pela FPB e que terminou com a merecida vitória da Seleção do Tabajaririquistão. A tristeza ficou por conta do que restou do maior clube sócio-esportivo da Província, que teve de ser pintado e retocado para tirar o mofo da bancarrota.
Lá pelas tantas, bateu o desespero nos organizadores quando despencou um toró e a cobertura do outrora Colosso de Miramar parecia mais uma Urupema de Alumínio. Afora esses senões, a cerimônia do basquete escolar foi muito bonita, apesar da desastrada política comunista-cubana e estatizante dos meios de produção esportivos pelo Capital Estatal burocrático, implementada pelo Ministério dos Esportes das Pedrinhas do Muro de Berlim sob o comando do PC do MB, que continua gastando R$ 500 milhões por ano para a estatização sumária e deletéria dos esportes e a construção de elefantes brancos estatais, deixando morrer a mingua os últimos clubes sócio-esportivos do país, estruturas únicas e verdadeiras de socialização dos esportes e do futebol tupiniquins. A meta deve ser a superação dos recordes de estatização dos esportes de Cuba e da vetusta e desaparecida União Soviética.
Saindo do Frevoquistão pela BR-101 em direção ao Tabajaririquistão, não viajamos 60 quilômetros até a baixada do Rio Tracunhaém e se inicia uma verdadeira escuridão futebolístico-esportiva. O eclipse cultural solar ocorre, exatamente, na metade do caminho, como por encanto.
Enquanto, na Provínica originária da Nova Luzitânia (ao sul), a apenas 110 Km de distância, os clubes são próspero, profissionais e da Série A do certame da Conexão Paulioca-Belô-Guaíba, os estádios são privados e um único jogador recebe mais de salário que toda a folha de pagamento das agremiações decaídas do Tabajaririquistão, na província vizinha, ao norte, os estádios pertencem à nomenclatura estatal, os clubes estão em petição de miséria e na Série C despencando para a Série D e os jogadores ganham menos que um auxiliar de pedreiro. A diferença básica está relacionada ao modelo de gestão adminstrativa entre as duas províncias, no campo dos esportes.
A novidade sem precedentes foi à chegada triunfal ao universo de tanto progresso futebolístico de um empresário turco de nome curioso “Pitack” que acaba de fundar uma filial do Internacional do Guaíbaquistão na Província, o qual, pretende revolucionar o futebol local com tamanha criatividade, ao lado de Clubes Amadores como a agremiação da solda de Pedro Lima, mais conhecido, como Perilima, Queimadenses, Caaporãs, Leonéis e outras preciosidades de alto intercâmbio futebolístico internacional.
Os automóveis que se dirigem aos espetáculos estacionam num atoleiro-pantanoso com depressões lamacentas de até meio metro de profundidade e os jogos são realizados num gramado carcomido pelos fungos, segundo informações de um administrador do Óvni fantasmagórico estatal.
Podiam, ao menos, serem semi-profissionais, como os papa-jerimuns do vizinho Potiguarquistão ou dos papa-sururus do Marechaisquistão, que juntos, têm três clubes na Série B, pelo menos, temporariamente.
Providências para mudar o cenário decadente ninguém toma. Sentados sobre um patrimônio estatal esportivo de mais de R$ 150 milhões, entre Óvnis fantasmagóricos e ginásios de final ÃO, os socialistas de cobertura e vitalícios confederados seguem com o sucateamento dos únicos e verdadeiros ativos esportivos da Capital do Tabajaririquistão, os moribundos E.C. Cabo Branco, Botafogo F.C. e Auto Esporte Clube, além do esqueleto de ossário, o velho e carcomido Astrea.
Das centenas de clubes amadores tradicionais, somente restam a saudade e as fotos desbotadas, após tão profícua administração.
De Tataravós para os Tataranetos, os esportes da Província do Tabajaririquistão, com os seus rios de petróleo subterrâneos , seguem no seu passo de Tartarugão.
Aqui, pelas bandas da fronteira do Olhapoucoquistão, como parte integrante do Basbacquistão, a gringalhada continua levando de trem, navio e até de avião, as montanhas, as árvores, o Açaí e até a insolação do Equador, sob as palmas e discursos patrióticos dos burocratas de plantão e ai de algum brasileiro que ousar fazer um forninho de carvão, tirar uma lasca de cipó titica ou cortar um palmito. É tanto verde no mundo para prender o coitado e derrubar o seu forninho que os nativos locais tremem somente em pensar. Futebol, agora, somente em 2009, se o Governo do Estado pagar para isto.
Abaixo, a demonstração de como era o futebol da Província do Tabajaririquistão nos anos oitentas, no início da gestão monumental, numa charge da época e como é, atualmente, num cordel do poeta José Veríssimo.
Charge publicada na gestão do Presidente Moreira pela Torcida Organizada do Botafogo F.C. do Tabajaririquistão Fogo'l no final dos anos setenta.
Cordel do Poeta Popular José Veríssimo publicado em maio de 2008, após quase 30 anos da gestão monumental do futebol do Tabajaririquistão. Leia abaixo e tire as suas conclusões:
Torcida do Botafogo
Eu também vou lamentar
No Velório do Botinha
Que findou de respirar
Façamos uma oração
Para a sua alma salvar.
x-x-x
Fica órfão o torcedor
Triste e muito pensativo
Com saudade do Botinha
Que no tempo que era vivo
Troféus vitórias e conquistas
Ganhou no campo esportivo.
x-x-x
Sua administração era
Com profissionalismo
Aos poucos mataram o bota
Vítima do amadorismo
Incompetente e insano
Insensatez e cinismo.
x-x-x
Só nos resta torcedores
Lamentar diariamente
Com este falecimento,
Enquanto os dirigentes,
Provam sua incompetência,
E zombam da cara da gente.
x-x-x
Quem nos deu tanta alegria,
Representou o nosso estado,
Orgulhou os torcedores,
Agora está humilhado,
Sua Estrela não tem brilho,
Seu fogo foi apagado.
x-x-x
Torcedores amigos vamos,
Fazer juntos uma oração,
A Nossa Senhora das Neves,
Que estende a sua mão,
E o Botinha renasça,
Na santa ressurreição.
x-x-x
Cadê os nossos políticos,
Que em muitas vezes vinham,
Se encostar no Botafogo,
Para tirar uma casquinha.
São almadiçoados aqueles,
Que exploraram o Botinha.
x-x-x
Botinha, teu salvadores,
Te deixaram abandonado,
E os pobres torcedores,
Como eu apaixonado,
Vou te mostrar a minha prova,
Visitando tua cova,
Todo dia de finado.
x-x-x
O torcedor apaixonado,
Sonha, sentia-se orgulhoso,
Sendo bem representado,
Tu sendo vitorioso,
Hoje, tua estais falido,
Porque estais sendo traído,
Por um grupo impiedoso.
x-x-x
No tempo das vacas gordas,
De todo lado se vê,
Político te paquerar,
Mas, duvido ninguém ver,
Alguém prestando socorro,
Prá não ti deixar morrer.
x-x-x
A maravilha murchou,
O gramado virou pó,
A arquibancada está,
Num desprezo que faz dó.
Faz pena quem viu, ver hoje,
A Teimosinha de Tó.
x-x-x
Seus fundadores,
Se voltassem do passado,
Via a maravilha murcha,
E o Botafogo apagado,
As estantes empoeiradas,
E os seus retratos desbotados.
x-x-x
Os nossos cronistas esportivos,
Estão todos desmotivados,
As tardinhas dos domingos,
Estão como os dias de Finados,
As torcidas e os torcedores
Estão desarticulados.
x-x-x
Minhas críticas construtivas,
Peço aos nobres conselheiros,
Que tomem iniciativa,
De torcedores verdadeiros,
Vejam o cooperativismo,
Em vez do amadorismo,
Façamos o fogão acender,
Que depois o fogo é brasa,
Queima por fora e queima em casa,
E bota pra derreter.
x-x-x
Botinha Veneno,
Ainda te vejo vencendo,
Botinha do meu coração,
Ainda te vejo campeão.
x-x-x
Autor: Poeta José Veríssimo.
x-x-x
Editado com profunda tristeza por Roberto C. Limeira de Castro às 16:50, mas, foi tudo que restou do futebol de 18 Estados brasileiros após 20 anos de vergonhosa ditadura do nosso futebol.
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