domingo, 11 de novembro de 2007

Uma homenagem ao Dr.Gilberto Augusto Martins Coelho



O homem que salvou a atual administração do futebol brasileiro por cinco anos (1996-2002) em que teve influência como Diretor Técnico da CBF.

Entre 1987 e 1995, os administradores do nosso futebol fizeram tudo que não se deveriam fazer com relação ao nosso esporte maior.

Acabaram com um campeonato brasileiro digno desse nome, que durante os 15 anos de sua existência foi sinônimo de sucesso de bilheteria entre 1971 e 1985.

Promoveram torneios para eliminar dezenas de clubes dos certames nacionais das Séries A e B.

Concentraram todos os recursos e poderes da instituição nas mãos de apenas 13 clubes de quatro cidades brasileiras como se os mais de cinco mil municípios brasileiros não existissem.

Quando o futebol brasileiro já agonizava, após 08 anos de desmandos e equívocos imperdoáveis, eis que surge na diretoria técnica da entidade máxima, o melhor diretor que já passou naquela cadeira. Seu nome: Dr. Gilberto Augusto Martins Coelho.

Com uma visão moderna, democrática e holística do nosso futebol continental, Dr. Coelho faria uma revolução temporária na instituição enquanto permaneceu no cargo e à frente da administração dos certames da entidade.

Durante a sua excelente gestão, o futebol brasileiro voltara a respirar o progresso, a integração, o desenvolvimento e a liberdade democrática de expressão, além de uma grande perspectiva de modernização.

Dezenas de clubes regionais excluídos do futebol brasileiro nas gestões anteriores do departamento começaram a ver a cor dos recursos da instituição.

Viajando o Brasil de ponta a ponta, ele atendia aos anseios de toda a comunidade futebolística nacional com a sua marcante presença e liderança.

Dr. Gilberto Coelho na final da Copa Nordeste em Salvador (1996) cumprimenta o jogador Chiquinho do Vitória pela conquista. Ao fundo, o seu futuro sucessor que esqueceria tudo que fez e viria a concordar com a extinção de tudo que havia sido feito em 05 anos de democracia no nosso futebol.

Fonte: Notícias do Futebol Baiano

Dr.Gilberto Coelho fala no Fórum do Futebol do Nordeste em João Pessoa-PB em 1997. Competência, presença e participação intensa no futebol de todo o país.

Fonte: Jornal do Comércio, Recife-PE de 20/10/1997.


Durante o seu período de luz, o futebol nacional ganhou o maior conjunto de campeonatos que se tem notícia na história deste esporte no Brasil, criou certames e fóruns regionais dos quais participava ativamente, instituiu os Fóruns Nacionais de 1996 e 1998 com um terceiro já programado para 2000 na região Nordeste, criou um Fórum de Modernização, aperfeiçoou o Calendário Nacional e deu oportunidades a novas empresas de mercadologia esportiva. Foi o responsável direto pela criação da Copa dos Campeões que durante os 03 anos de existência transformou-se na maior festa do futebol nacional, semelhante aos dois maiores certames do mundo, a Liga dos Campeões da Europa e a Liga Nacional de Basquetebol dos Estados Unidos, a famosa NBA, quando os campeões de todas as regiões do continente (Europa) e do País (EUA) se encontram numa Copa verdadeiramente nacional com cobertura de costa a costa.





Logotipo do 2º Fórum de Debates do Futebol Brasileiro realizado em São Paulo em Agosto de 1998. Organização de um futebol de Primeiro Mundo.


Conquista da gestão de Dr.Gilberto Coelho com apoio decisivo do Presidente da Federação Paulista de Futebol, Dr.Eduardo José Farah, cuja ausência faz uma falta tremenda ao futebol paulista e brasileiro.







Logotipo da Copa dos Campeões, promovida pela CBF sob o comando da empresa paulista Sport Promotion num show de competência, na Competição Nacional que seria o embrião da versão brasileira do famoso Campeonato Norteamericano de Basquete - NBA, instituído por Dr. Gilberto Coelho no futebol brasileiro.



O futebol brasileiro resurgira das cinzas entre 1996 e 2002 e prometia revigorar-se.





Mesmo pressionado pelos quinze coveiros da instituição, retornou a vida e às atividades operacionais a centenas de clubes regionais que se encontravam à beira da bancarrota, que saíram de suas sepulturas construídas pelas gestões anteriores e voltaram a alegrar as suas cidades, Estados e regiões, com a alegria do futebol.

Por conta de sua qualificação e competência e principalmente, pela sua índole democrática, foi exonerado do cargo e as trevas voltaram a se abater sobre o nosso futebol nos anos seguintes.

Tudo que existia de bom e positivo na entidade foi extinto e novamente sepultado. O Calendário Quadrienal do Futebol Brasileiro 2002-2005, uma verdadeira revolução no nosso futebol, assinado pelo Ministério dos Esportes e pelos próprios administradores, foi rasgado e jogado na lata do lixo, diante do silêncio de conivência dos que chegaram aos poderes da República em 2003.





Calendário Quadrienal do Futebol Brasileiro 2002-2005 implantado com a chancela do Ministério dos Esportes e aprovado pela CBF e Clube dos Treze. A maior conquista do futebol brasileiros nos últimos 20 anos sob a batuta do Dr.Gilberto Coelho à frente da Diretoria Técnica da entidade maior.



Imponência da sede da Liga do Rio-São Paulo, uma das cinco Ligas Regionais criadas para a organização da Liga Nacional Brasileira ao estilo Liga dos Campeões da Europa ou Campeonato Norte-americano de Basquete - NBA. A visão avançada do grande administrador do futebol paulista com o apoio estratégico e de um Diretor Técnico de alto nível.

R$ Bilhões trocados pelo atraso de alguns milhões e por uma cópia caricata de certames de pequenos países como Portugal, que se assemelha ao certame pernambucano.


O futebol que escapara do noticiário policial e das CPIs voltara às mãos dos exterminadores do presente e do futuro, com a tristeza e o choro copioso dos torcedores desolados nas arquibancadas e frente às câmeras de TV.

Entre 2002 e 2007, cerca de 40 clubes foram decapitados para o ostracismo e a paralisia da falta de atividades operacionais. As sombras da falência e das CPIs voltaram a rondar os estádios e as Assembléias parlamentares.

Além, dos 13 Estados de menor porte econômico, já totalmente excluídos do futebol nacional, (Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Rondônia, Acre, Roraima, Amapá, Piauí, Paraíba, Sergipe) entraram no rol da amargura os Estados do Amazonas, Pará e Maranhão. 18 Estados estão excluídos da Série A e 16 Estados da Série B.

Jamais entenderemos, como um grupo de tantos governadores e parlamentares de todos os Estados, compactuam com uma administração que somente existe para apenas cinco cidades do país e excluem acintosamente a absoluta maioria dos clubes dos 27 Estados do país.

Antes desse verde-amarelismo de fachada, seria obrigação dos executivos desses Estados exigirem o direito de participação dos seus clubes e federações no Sistema Federal de Desportos, como mandam as leis brasileiras. Poderiam, pelo menos, barganhar os investimentos de milhões que vão fazer nas cidades escolhidas como sedes da Copa do Mundo de 2014, em troca de uma participação mais democrática das agremiações de seus Estados no futebol brasileiro e nos recursos que pertencem à instituição e são, exclusivamente, distribuídos para 13 clubes privilegiados de apenas 05 cidades.

Esperamos que os torcedores cobrem algum dia nas urnas a coerência dos atos desses governantes.

Enquanto, a incerteza e a falta de perspectiva se abatem novamente sobre o nosso outrora glorioso futebol, somente nos resta termos saudades da excelente gestão do Gilberto Coelho, administrador da mais alta visão de estadista e talhado verdadeiramente para a Presidência da Instituição
.
Que a Providência Divina ilumine a cabeça dos dirigentes das Federações Estaduais e dos grandes clubes brasileiros, iludidos pelas suas falsas grandezas e principalmente, aos governadores e parlamentares deste país, para que o progresso volte a reinar no nosso futebol.
Editado por Roberto C. Limeira de Castro às 15:35

Nenhum comentário: