E aí, Zequinha, o Brasilerdão foi emocionante? Foi Sim! Foi Sim!
A Briga pela Libertadores está sensacional? Está Sim! Está Sim!
E o rebaixamento? América, Juventude, Paraná e Coringão, Sensacional! Emocionante!
As duas séries do Brasilerdão 2007 chegam aos seus melancólicos finais com um mês de antecedência, com os dois campeões já conhecidos – São Paulo (Série A) e Coritiba (Série B).
De férias compulsórias, por absoluta falta de emoções, os torcedores perderam o élan após um ano de campeonatos onde 04 ou 05 clubes se revezaram na ponta do chamado G4 e 15 ou 16 ficaram seqüestrados entre o limbo e a zona de rebaixamento, com um revólver apontado para as suas cabeças. Tem sido assim desde 2003, quando as cópias caricatas dos certames espanhol e italiano foram transladadas para o futebol brasileiro.
Em matéria de sucesso e emoção, nunca se viu nada igual na face do planeta, a não ser os sensacionais clássicos entre Empoli versus Livorno ou Osassuña versus Getafe e que tais.
Foram oito meses se arrastando que nem cobra pelo chão e absolutamente sem graça, apesar de todo o esforço dos narradores e comentaristas Trezelezas para justificar o óbvio e o desapontamento dos torcedores e dirigentes.
Mais previsível do que esses certames, somente a Copa Dois Brasis, onde milionários e mendigos se defrontam em partidas únicas para eliminar 50% dos competidores na primeira rodada ou no máximo na segunda, diante de comentaristas entusiasmados com a moral e a ética de tão competitivo certame.
Os clubes que ficam com todas os recursos da instituição no topo e os mendigos pedintes abandonados à própria sorte, na rabeira, algo que se repete há vinte longos anos.
O mais impressionante são os escribas defensores por ofício dessa imoralidade iníqua tentando justificar as suas próprias dúvidas e deitando comentários absolutamente “demi-languides” sobre o pretenso sucesso dessa fórmula, segundo eles “Sensacional” de certames.
Em campeonatos, nos quais, o maior sucesso é conseguir uma vaga para disputar uma Copa com clubes de quinta categoria da Bolívia, Venezuela, Paraguai e Uruguai, ou assistir a decapitação pública em massa, o esforço sem graça dos comentaristas a serviço da causa para justificar o injustificável, chega a ser patético.
Reconhecemos que diante do fiasco importado de pequenos países da Europa e implantado reflexamente num continente como o Brasil, os patrões da jogatina de cartas marcadas estejam desapontados e exijam dos seus pupilos e ventríloquos, o máximo de dissimulação possível.
Já há escassez de óleo de peroba no mercado brasileiro.
Não sabemos, mesmo, é onde se encontram os técnicos do Procon que não saem em socorro dos torcedores brasileiros lesados na sua boa fé.
Aguardemos, pois, o dia em que as arquibancadas serão transformadas em cascatas de lágrimas dos torcedores dos clubes populares rebaixados, cujos velórios ficam para as últimas rodadas. Este ano, entretanto, dois de cada divisão foram sepultados, também, com uma longa antecedência.
Para os organizadores da grande mutretagem, diríamos na melhor das gírias do futebol:
“ Peçam pra cagar e saiam”.
Editado por Roberto C. Limeira de Castro às 12:14
Um comentário:
Ou melhor...
Pede pra sair zero um. Pede pra sair!!
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