Uma multidão perdida numa noite suja ou numa tarde de tragédias.
Assistimos ontem à noite a vitória do Vasco da Gama sobre o Corinthians por 1 x 0 no Estádio do Pacaembu após a queda no vazio dos mortos da Fonte Nova.
Durante todo o desenrolar do espetáculo, as câmeras da TV mostraram as expressões de amargura, desilusão, sofrimento, perplexidade e vazio dos torcedores corintianos diante da real possibilidade de rebaixamento do clube para série B em 2008.
Por que infligir tamanho sofrimento a milhões de torcedores de inúmeros clubes em todo o Brasil, quando o futebol poderia ser a melhor forma de lazer do povo brasileiro?
Já não chegam as agruras que o nosso povo sofre através de uma sociedade desigual, cruel, violenta e estressante?
E ainda, aqueles que organizam a forma mais popular de lazer dos brasileiros, assim o fazem em um “modus operandi” tão aflitivo.
Os torcedores não se dão conta das causas dos seus sofrimentos, entretanto, as suas angústias são o preço a pagar por superestruturas adrede esquematizadas para o racismo e a discriminação de centenas de outros clubes nas diversas regiões brasileiras.
Se há clubes “especiais” no país, contemplados em certos estatutos, é por que existem clubes “não especiais” na ótica de tal documento.
Se entre os “especiais” há uns “mais especiais” que os “nada especiais”, os quais, mesmo sendo rebaixados para as séries B e C, continuam sendo aquinhoados com bônus superior aos ditos “especiais discriminados”, nem mesmo as recorrentes ressalvas de não intervenção governamental no melhor dos mundos sagrados do direito privado, justificam a odiosa proteção a clubes de determinadas cidades, Estados e regiões de uma República que se diz Federativa.
Assim, os dispositivos implementados juridicamente a serviço de privilégios e estruturas que ludibriam os consumidores e discriminam dirigentes, pelos que deveriam zelar pela lisura das instituições, se contrapõem aos mais comezinhos princípios da ética e da moral, descambando para o vale sombrio da mistificação e desfaçatez travestidos de códigos de honra que só existem nas aparências e na parcialidade dos olhares coniventes e falaciosos dos ruminantes equilibristas globais.
Esse é bem o caso do rebaixamento dos cachorros gigantes num jogo de azar do mundo das estatísticas, que mesmo esquematizados para a proteção em percentual de 95% dos donos da bola e da roleta, se vê obrigado a oferecer 5% de chances estatísticas aos que jogam sempre para perder em pé de igualdade com os que jogam sempre para ganhar.
Os contraventores dos caça-níqueis, do jogo do bicho, dos bingos, dos cassinos e roletas, também, dão essa pequenina chance aos jogadores inveterados, os quais, mesmo sabendo que estão sendo lesados, aceitam participar das armadilhas da contravenção dos eternos banqueiros e ganhadores exclusivos e contumazes.
O futebol profissional como um esporte de alto rendimento jamais deveria ter se transformado numa contravenção desse tipo.
As diversas divisões em patamares qualitativos conjunturais e periódicos são exigências legais que deveriam espelhar a competitividade, a transparência, a lisura e, principalmente, a postura de isonomia e eqüidistância dos organizadores, patrocinadores e financiadores dos certames em relação aos competidores.
Os milhões de torcedores dos clubes grandes, médios e pequenos, que choram e se desesperam nas arquibancadas e diante dos televisores, são apenas parte da engrenagem fraudulenta que pretende dissimular que os brutos também choram.
Mas, em seus íntimos, sabem que choram lágrimas dos crocodilos estatísticos e que jogam em máquinas e roletas viciadas.
Ano que vem, os grandes serão resgatados através da ressurreição dos impuros e da falsa moral.
Tristeza, mesmo, sentem os torcedores dos desenganados, humilhados e discriminados que não serão exaltados como sentencia a Bíblia, porquanto são coniventes com os contraventores e adictos da jogatina de cartas marcadas e “softwares” programados para reter moedas nas mãos de uns poucos.
Discutem-se, muito, as fórmulas de campeonatos, se em sistemas eliminatórios do tipo mata-mata, pontos corridos ou em sistema misto.
Entretanto, o pulo do gato não está nas fórmulas supostamente perfeitas, mas, na iníqua distribuição de recursos, na redução descabida do número de participantes que avilta o nosso futebol e nos eternos votantes do Conselho Eleitoral.
Assistimos ontem à noite a vitória do Vasco da Gama sobre o Corinthians por 1 x 0 no Estádio do Pacaembu após a queda no vazio dos mortos da Fonte Nova.
Durante todo o desenrolar do espetáculo, as câmeras da TV mostraram as expressões de amargura, desilusão, sofrimento, perplexidade e vazio dos torcedores corintianos diante da real possibilidade de rebaixamento do clube para série B em 2008.
Por que infligir tamanho sofrimento a milhões de torcedores de inúmeros clubes em todo o Brasil, quando o futebol poderia ser a melhor forma de lazer do povo brasileiro?
Já não chegam as agruras que o nosso povo sofre através de uma sociedade desigual, cruel, violenta e estressante?
E ainda, aqueles que organizam a forma mais popular de lazer dos brasileiros, assim o fazem em um “modus operandi” tão aflitivo.
Os torcedores não se dão conta das causas dos seus sofrimentos, entretanto, as suas angústias são o preço a pagar por superestruturas adrede esquematizadas para o racismo e a discriminação de centenas de outros clubes nas diversas regiões brasileiras.
Se há clubes “especiais” no país, contemplados em certos estatutos, é por que existem clubes “não especiais” na ótica de tal documento.
Se entre os “especiais” há uns “mais especiais” que os “nada especiais”, os quais, mesmo sendo rebaixados para as séries B e C, continuam sendo aquinhoados com bônus superior aos ditos “especiais discriminados”, nem mesmo as recorrentes ressalvas de não intervenção governamental no melhor dos mundos sagrados do direito privado, justificam a odiosa proteção a clubes de determinadas cidades, Estados e regiões de uma República que se diz Federativa.
Assim, os dispositivos implementados juridicamente a serviço de privilégios e estruturas que ludibriam os consumidores e discriminam dirigentes, pelos que deveriam zelar pela lisura das instituições, se contrapõem aos mais comezinhos princípios da ética e da moral, descambando para o vale sombrio da mistificação e desfaçatez travestidos de códigos de honra que só existem nas aparências e na parcialidade dos olhares coniventes e falaciosos dos ruminantes equilibristas globais.
Esse é bem o caso do rebaixamento dos cachorros gigantes num jogo de azar do mundo das estatísticas, que mesmo esquematizados para a proteção em percentual de 95% dos donos da bola e da roleta, se vê obrigado a oferecer 5% de chances estatísticas aos que jogam sempre para perder em pé de igualdade com os que jogam sempre para ganhar.
Os contraventores dos caça-níqueis, do jogo do bicho, dos bingos, dos cassinos e roletas, também, dão essa pequenina chance aos jogadores inveterados, os quais, mesmo sabendo que estão sendo lesados, aceitam participar das armadilhas da contravenção dos eternos banqueiros e ganhadores exclusivos e contumazes.
O futebol profissional como um esporte de alto rendimento jamais deveria ter se transformado numa contravenção desse tipo.
As diversas divisões em patamares qualitativos conjunturais e periódicos são exigências legais que deveriam espelhar a competitividade, a transparência, a lisura e, principalmente, a postura de isonomia e eqüidistância dos organizadores, patrocinadores e financiadores dos certames em relação aos competidores.
Os milhões de torcedores dos clubes grandes, médios e pequenos, que choram e se desesperam nas arquibancadas e diante dos televisores, são apenas parte da engrenagem fraudulenta que pretende dissimular que os brutos também choram.
Mas, em seus íntimos, sabem que choram lágrimas dos crocodilos estatísticos e que jogam em máquinas e roletas viciadas.
Ano que vem, os grandes serão resgatados através da ressurreição dos impuros e da falsa moral.
Tristeza, mesmo, sentem os torcedores dos desenganados, humilhados e discriminados que não serão exaltados como sentencia a Bíblia, porquanto são coniventes com os contraventores e adictos da jogatina de cartas marcadas e “softwares” programados para reter moedas nas mãos de uns poucos.
Discutem-se, muito, as fórmulas de campeonatos, se em sistemas eliminatórios do tipo mata-mata, pontos corridos ou em sistema misto.
Entretanto, o pulo do gato não está nas fórmulas supostamente perfeitas, mas, na iníqua distribuição de recursos, na redução descabida do número de participantes que avilta o nosso futebol e nos eternos votantes do Conselho Eleitoral.
A credibilidade do futebol, entretanto, passa obrigatoriamente pela flexibilização de um quantum de participação compatível com a grandeza continental do Brasil, pela criação de um fundo de equidade de recursos baseado na competência da classificação nacional e pela universalização dos eleitores por todas as divisões.
Sem essas mudanças qualitativas o nosso futebol continuará refém dos contraventores e dos caprichos e manipulações grotescas de uma patotinha.
Os financiadores poderiam, ao menos, fazer jus a tanta propaganda enganosa de um pretenso respeito aos consumidores, à cidadania e à responsabilidade social, que a gente não vê por aqui.
Editado por Roberto C. Limeira de Castro às 17:50
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