terça-feira, 23 de outubro de 2007

Quatro Certames Estaduais Deficitários por dois Campeonatos Regionais com Economia de Escala.

Melhorando, também, o futebol dos Estados do Meio Norte.

A exemplo da sugestão da última postagem para o futebol do nordeste, esquematizamos abaixo a solução para melhorar a situação econômica dos clubes e federações da região do meio norte, composta pelo Pará, Amapá, Maranhão e Piauí, a partir de 2008.

Demonstraremos a fórmula na mesma seqüência que mostramos para o nordeste:

Primeiro, escolher-se-iam os clubes campeões estaduais dos 04 Estados da região, os quais, já teriam as suas vagas garantidas no suposto campeonato do Meio Norte.



Em seguida, seriam escolhidos os 12 melhores clubes da classificação nacional da CBF da região ou no âmbito de cada Estado.



Considerando que o Clube do Remo e o River já têm a suas vagas garantidas como campeões estaduais dos seus respectivos Estados, escolher-se-iam mais dois clubes da classificação geral da CBF para compor o campeonato, a saber:



Ainda, levando em consideração que o campeonato maranhense de futebol tem apenas o campeão do primeiro turno conhecido, o Imperatriz, teríamos que aguardar a disputa final entre os campeões dos dois turnos para se conhecer o campeão maranhense de 2007. Em caso de ser campeão um clube já inserido na classificação da CBF, abrir-se-ia mais uma vaga para o Esporte Clube Macapá ou Clube Municipal de Ananindeua cujas pontuações na classificação de 2007 somam 10 pontos, com uma vantagem para o Ananindeua que pontuou na Série C de 2007. Nesse caso, ficariam aguardando vagas em caso de alguma desistência, os clubes Esporte Clube Macapá – 10 pontos, Amapá Clube e Sociedade Esportiva e Recreativa São José do Amapá com 5 pontos cada na classificação geral da CBF.

Se houver vontade política para igualar os clubes de cada Estado, com quatro clubes cada, uma alternativa, seria utilizar a classificação da CBF até se alcançar o número de quatro no âmbito de cada unidade federativa, deixando o sistema de acesso através da série B e dos Estaduais operar a seleção dos melhores clubes ao longo da realização da disputa. O número par de Estados facilita essa alternativa. No caso da região nordeste fica mais difícil igualar o número de clubes por unidade federativa, em virtude do número ímpar de Estados – sete – que multiplicado por dois dá quatorze e por três dá vinte e um, sempre sobrando um Estado que ficaria sub-representado. Neste caso, o sistema misto de escolha torna-se mais rigoroso e transparente, sem a influência do peso político ou do acordo tácito que poderia resultar num impasse.


Uma vez determinados os clubes participantes da Série A do Campeonato do Meio Norte para 2008, o certame seria realizado entre 15 de janeiro e 14 de maio de 2008, datas reservadas no calendário da CBF para os certames estaduais, dividindo-se os participantes em dois grupos de oito clubes, agrupando-se as agremiações responsáveis pelas rivalidades estaduais um em cada grupo. Os confrontos seriam realizados com os clubes de grupo enfrentando os clubes do outro grupo. Os pontos seriam contados no interior de cada grupo.




*Sugestão de equilíbrio entre os Estados do Meio Norte – 04 clubes de cada Unidade Federativa - para esse primeiro certame. Os clubes de um grupo jogariam com os clubes do outro grupo em turno e returno, contando-se os pontos no âmbito de cada grupo. Assim, a realização dos clássicos estaduais nos dois turnos ajudaria a viabilizar o certame do ponto de vista econômico. São apenas sugestões para discussão pela Assembléia Geral dos clubes participantes.


Classificar-se-iam, os 04 melhores colocados de cada grupo, os quais, disputariam dois quadrangulares olímpicos para se conhecer os dois finalistas, ou os participantes de um quadrangular final. Uma vez conhecido o campeão do primeiro turno, far-se-ia um returno no mesmo estilo para se conhecer o campeão do segundo turno.

Os jogos seriam realizados aos domingos em 16 semanas, com a inclusão de algumas rodadas às quartas-feiras para não extrapolar as datas exigidas pelo calendário nacional.

Os demais clubes estaduais formariam quatro grupos no interior de cada Estado, os quais, formariam a Série B do Campeonato Regional do Meio Norte. Os campeões e/ou campeões e vice-campeões de cada grupo disputaram um quadrangular final ou octogonal. O campeão da Serie B teria a sua vaga garantida na Série A de 2009.

Também, os dois clubes melhores classificados dos grupos estaduais, disputariam um hexagonal final com os grandes clubes de cada Estado, após o final das Séries A e B, para se conhecer os campeões estaduais de 2008.

Evidentemente, estamos apenas dando sugestões para que os clubes disputem campeonatos mais rentáveis para preenchimento de todo o primeiro semestre de cada ano, considerando-se que o agrupamento de clubes de 04 Estados daria economia de escala ao futebol da região do meio norte. As fórmulas seriam, com toda a certeza, todas determinadas pela Assembléia Geral dos clubes realizada em uma das cidades da região no âmbito do Fórum Permanente de Futebol do Meio Norte que poderia ser instalado pelos Presidentes das respectivas Federações, ao estilo do que foi realizado no Nordeste.

Com o apoio da CBF e do FPF-MN, teria que se arregimentar um financiador para o certame da Série A, através de uma das Redes Nacionais de Televisão ou de um dos Governos Estaduais, sendo que estes últimos, poderiam promover os eventos em sistema de rodízio, um Governo há cada quatro anos. Já, a Série B poderia ser bancada com apoio das Prefeituras correspondentes aos seus respectivos clubes. O sucesso dos campeonatos atrairia, logo, logo, excelentes patrocinadores e financiadores para os eventos.
Evidentemente, tudo isso seria super facilitado através de uma distribuição mais justa de recursos, como a que sugerimos através da implantação do Fundebol - Fundo Nacional para o Desenvolvimento Acelerado do Futebol Brasileiro, onde cada cidade brasileira receberia uma compensação financeira pela cessão do seu mercado para exploração pelas Redes Nacionais de Televisão e pelos grandes clubes de Série A. Nada mais justo do que pagar pela utilização dos mercados que não lhes pertencem.
Editado por Roberto C. Limeira de Castro às 12:05

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