De acordo com a análise da arquiteta portuguesa Elisa Vilares:
1. Portugal
Por razões geográficas, históricas e culturais, Portugal apresenta condições privilegiadas para se afirmar, simultaneamente, como um estado com forte identidade nacional e européia e como ponte de ligação da Europa aos espaços atlânticos e às rotas que o percorrem.
2. Conservação da Natureza
Conservar a natureza e a biodiversidade é uma exigência fundamental para preservar a vitalidade e a qualidade dos territórios e, portanto, a sua competitividade e desenvolvimento.
3. Solo e Ordenamento agro-florestal e rural
O solo é um recurso natural limitado e de importância vital, ameaçado por vários processos de degradação e que, por isso, deve ser firmemente protegido e usado de modo sensato e sustentável.
4. Água
A água é um recurso indispensável para se garantir a sustentabilidade e a preservação dos sistemas naturais e da vida humana em sociedade.
5. Litoral
Nas suas vertentes terrestres e marítimas, o litoral integra sistemas ecológicos e humanizados complexos, sensíveis e sujeitos a múltiplas pressões, pelo que devem ser ordenados e geridos de uma forma informada, integrada e responsável.
6. Energia e alterações climáticas
O uso eficiente da energia e a diversificação das respectivas fontes constituem fatores cruciais para assegurar o adequado abastecimento a pessoas e atividades, garantir maior sustentabilidade à economia e combater as alterações climáticas resultantes das emissões de Gases com efeito estufa.
7. Riscos
Dada a multiplicidade dos riscos que ameaçam as populações e os territórios (sismos, erosão do litoral, secas, cheias, contaminação dos solos ou da água. Incêndios, etc.). a sua gestão preventiva é uma prioridade da política de ordenamento do território.
9. Cidades e Povoamentos
As cidades constituem os espaços de vida da maioria da população e também o coração e o motor do desenvolvimento econômico e social nas sociedades contemporâneas.
10. Acessibilidades e conectividade internacional
As redes de transportes e logísticas suportam a mobilidade de pessoas e bens e são fundamentais para garantir que a coesão territorial e a competitividade de Portugal, quer a sua eficaz articulação com os espaços ibéricos, europeu e mundial.
11. Informação e comunicação
A expansão das redes e tecnologias avançadas de informação e comunicação e a sua crescente apropriação pelas empresas e pelos cidadãos representam um fator decisivo de desenvolvimento da sociedade do conhecimento.
A eqüidade territorial no acesso aos serviços coletivos, nomeadamente nos domínios da educação, saúde, habitação, solidariedade, segurança social e justiça, é uma condição para um Portugal mais coeso e com mais liberdade para cada um escolher o lugar onde quer viver.
13. Cultura e lazer
A proteção e a valorização das paisagens e do patrimônio arquitetônico e cultural e o desenvolvimento de equipamentos e atividades culturais e de lazer ativo constituem elementos essenciais para se construir uma sociedade coesa, criativa e com mais sentido de cidadania.
14. Ordenamento e gestão do território
O ordenamento do território é uma tarefa coletiva que depende de todos os cidadãos e da coordenação ativa de várias políticas desenvolvidas no quadro de um sistema integrado de gestão territorial.
15. Municípios e ordenamento do território
Os municípios são agentes fundamentais do ordenamento do território, cabendo-lhes um papel determinante na elaboração de estratégias de desenvolvimento local e na definição e programação do uso do solo.
Esperamos, sinceramente, que todos aqueles parlamentares que acreditam num Brasil mais moderno, mais justo, menos desigual e mais rico, forte, coeso e próspero, independente de sua cor partidária, sigam esse grande exemplo que nos vêm da Europa, aprovando o re-ordenamento territorial e político-administrativo do país, cujos projetos tramitam no Congresso Nacional há décadas e que são os desejos de milhões de brasileiros abandonados e sem as instituições republicanas mínimas.
Nos próximos dias seguiremos com essa série de artigos e fazendo uma análise completa de todo o projeto de ordenamento territorial da União Européia, bem como, pinçando os principais pontos interessantes de cada Estado Nação daquele Continente.
Para maiores detalhes sobre o assunto, os leitores poderão acessar o Portal Território de Portugal em http://www.territórioportugal.pt/, onde encontrarão um farto material correspondente à lei votada na Assembléia da República de Portugal.
União Européia - Ordenamento Territorial em centenas de Estados como os brasileiros e em menos de metade do nosso território. Essa é verdadeira razão da eficiência do Continente Europeu. Administração científica e integral de todas as riquezas naturais e humanas. Neste momento sendo ainda mais aperfeiçoada com a implantação do projeto de ordenamento em cada Estado, Província, Departamento, Distrito, Condado ou Município de cada Nação.
A grande pergunta que fazemos é como fazer todas essas tarefas em 60% do território brasileiro sem a presença da União Federal e de Governos Estaduais e das instituições republicanas básicas como as Secretiarias especializadas, as Assembléias Legislativas, o Ministério Público, as Brigadas contra incêndio, as organizações de tratamento de água e esgotamento sanitário, de energia elétrica, as Federações esportivas, os órgãos estaduais e federais de proteção ao meio ambiente etc. etc.
Postado por Roberto C. Limeira de Castro às 3:21
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