domingo, 7 de junho de 2015

O Mar de Lama da Bandalha Nostra

A LAMA RESPINGANDO NO PAÍS BRASIL

 

Por José Joaquim Pinto de Azevedo - Reproduzido do Blog do JJ

 

Há muito que não chamamos a seleção de futebol como do Brasil, e sim como a do Circo, porque apesar do que acontece em nosso país, nessa entidade tem algo muito mais podre guardado em suas caixas pretas.

O Brasil é o Brasil, o Circo é o Circo, a seleção representa esse último, que não deve misturar-se a com a nação e seu povo.

As notícias sobre a corrupção na FIFA têm respingado no país Brasil, por conta dessa mistura perniciosa. As mídias quando falam sobre as propinas recebidas em jogos da seleção colocam como carro-chefe o  nome Brasil e não CBF.

Uma matéria bem longa do mais importante jornal francês, Le Monde, publicada no dia de ontem, colocou o BRASIL como o país do futebol e da corrupção, e cita que esse é o epicentro do que aconteceu na FIFA, ou seja, que a podridão maior está aqui implantada.

Há pouco a Justiça da Suíça começou uma investigação sobre todos os jogos desse time no período de 2006 a 2012, e para isso confiscou os documentos da Kentaro, empresa promotora de tais eventos. Segundo os procuradores suíços, pelo menos um dos jogos serviu para acobertar propinas que foram distribuídas a Ricardo Teixeira e Julio Grondona, presidentes da CBF e AFA (Argentina), respectivamente.

Os jornais falam do jogo Brasil x Argentina, e não CBF x AFA, que foi realizado em novembro de 2010 no Catar, utilizado como forma de transferir dinheiro para dirigentes, por conta da opção por esse país asiático de sediar a Copa do 2022.

Aliás, sobre esse tema discutimos com os nossos visitantes em 2013, depois de uma denúncia de Jamil Chade, jornalista do jornal Estado de São Paulo. As autoridades brasileiras fingiram que não sabiam, e não tomaram conhecimento.

Oficialmente o Catar indicou que gastou 4 milhões de euros no jogo, e naquele momento o discurso dos cartolas era de que a partida era uma forma de mostrar que o país estava preparado para receber o Mundial.

Três semanas depois os representantes do Brasil e Argentina votaram pelos árabes na escolha da sede da Copa.

As coincidências não param por ai. No dia do jogo, o ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, assinou uma extensão do Contrato com uma empresa árabe, a ISE, prolongando os direitos da empresa até 2022 para organizar os amistosos da seleção.

São detalhes que mostram a força da corrupção nesse esporte, e que leva de roldão o nome do país, desde que em todos os dados que estão sendo divulgados o nome citado é o da seleção do Brasil.

Se os cartolas utilizam o nome do país para um time, e com esse fazem negociatas, trata-se na verdade de um crime, que deveria ser investigado a fundo pelo Ministério Público Federal, em parceria com o da Suíça, e no final promover a intervenção em um órgão que vive do nome do país, inclusive com as cores de sua bandeira, e na hora de prestação de contas, sempre afirma que é autônomo.

Na realidade, autonomia não pode servir de barreira para a corrupção.

 

Comentários do titular deste Blog

                                                                          
Uma instituição que tem 27 Federações e 800 clubes filiados e trabalha exclusivamente para quatro entidades diretivas e doze clubes, aos quais protege, vergonhosamente, não pode ser chamada de brasileira. Nem mesmo, às quatro federações dos seus doze clubes apaniguados esta entidade nacional serve, porquanto os clubes do interior destas unidades federativas foram relegados ao abandono. A partir do momento que uma rede de concessionárias de TV interferiu no processo de eleições e votos da entidade nacional para ter exclusividade e monopólio de suas competições, esta instituição caiu sob suspeita de uma verdadeira igrejinha de corruptos. Pior, tudo foi minuciosamente planejado nos níveis estaduais, nacional e mundial. E o cabeça dessa corrupção institucionalizada todos sabem quem foi. Isto se dá aonde não existe democracia ou qualquer revezamento de poder. A infeliz instituição foi completamente aparelhada no Brasil pelos presidentes de doze clubes que se auto intitularam grandes e reunidos na editoria de uma revista nacional conspiraram para açambarcar todos os recursos circulantes neste setor econômico do país, corromper o processo eleitoral na própria entidade, em suas federações, ligas e o que é mais nefasto, corromperam a imprensa esportiva em todo a Nação.                                                                                                 


 O conluio criminoso montado pelos diversos grupos que assaltaram o poder em1986 se tornou uma prática mundial entre os financiadores midiáticos, uma dúzia de clubes conspiradores em proveito próprio, alguns contraventores da publicidade estática nos estádios (empresas de promoção esportiva), as gangues instaladas em todas as entidades, a farsa da seleção nacional e os agentes intermediadores de atletas que substituíram os clubes após o fim da lei do passe. Este processo foi implantado em todo o mundo através da democracia zero, uniformização de certames engessados e propinados, financiamento privado de parlamentares e representantes do povo (bancada da bola), redação das leis que regem os esportes, cerceio à justiça comum, ameaças veladas de punição aos países membros que não respeitassem à ditadura, manipulação dos torneios internacionais e muito mais. Quando assisti à odiosa reunião conspiratória para consolidar o modelo mafioso aqui no Brasil no início dos anos oitenta, excluir as federações e clubes das regiões menos favorecidas, através do pagamento sistemático de propinas aos seus titulares, organizar torneios direcionados para beneficiar os aparelhadores, comprar votos em eleições fraudadas, fazer contratos viciados e corrompidos com marqueteiros, clubes cooptados, condecorar midiáticos corruptos, perseguir profissionais, dirigentes e desportistas honestos, tolher as autonomias dos clubes e federação na formação de suas seleções, tecer uma teia de leões de chácara e delatores contra os recalcitrantes, não tive dúvida. Resolvi dedicar a minha vida a desmascarar e combater sem tréguas os criminosos organizados de fio a pavio, pelo menos no meu estado, região e país.                                               

   
Depois das denúncias e prisões de um verdadeiro álbum de figurinhas do crime organizado pela juíza americana, os mesmos sacripantas que organizaram a quadrilha em São Paulo já se movimentam na Caixa Preta de Pandora sem nome para reorganizar o mesmo movimento de retomada das Ligas de lixo com chorume macaqueando os ladrões europeus com campeonatos de duas temporadas. Esta dupla de facínoras, porquanto os seus comparsas já morreram ou estão debilitados já foi longe demais e precisa ser incluída sem delongas como fundadores do império do mal. Os principais cabeças da Cafifa Nostra já estão trancafiados ou em delação premiada. A hora é de fundar uma nova entidade nacional que respeite as leis brasileiras, tenha autonomia para organizar certames viáveis e com lisura de competições, que distribua os recursos com equidade e justiça e não a aparelhe em proveito próprio de seus dirigentes. O calendário e todos os certames viciados, o modus operandi de contratos individuais, o processo eleitoral corrupto, os estatutos aparelhados, a privatização do público e todos os envolvidos em crimes e contravenções devem ser banidos do esporte para sempre.

 

 

Copa dos Campeões do Brasil - Conjunto de Copas Regionais disputadas nos anos 2000-2001 e 2002 que desaguava num torneio subcontinental em junho e julho de cada ano, tão espetacular quanto a Copa dos Campeões da UEFA - Estaria completando 16 anos com a competente organização da Sport Promotion.

 

Ontem, enquanto assistia à belíssima cerimônia de encerramento da Copa dos Campeões da UEFA, pensei cá com os meus botões. Poderíamos, aqui no Brasil com tranquilidade, organizar uma Copa dos Campeões Regionais do Brasil, como já o fizemos em 2000-2001 e 2002 com absoluto sucesso e competência. Inclusive com direito a um hino sinfônico. Este magnífico torneio subcontinental estaria completando 16 anos de encantamento e riqueza de R$ bilhões, se não estivesse sido desativado por Zé das Vacas e os seus comparsas das propinas. Entretanto, os prisioneiros do propinoduto do propinobol preferem assistir aos enlatados da Bandalha Nostra, diretamente de suas celas no Baú do Lago do Baú da Zurica ou exilados em paraísos fiscais de seus comparsas do crime organizado.

 

Postado às 11:22 de 07/06/2015

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