sábado, 5 de abril de 2008

Abaixo os sacripantas e beatos-fingidos!

Os espetáculos deprimentes das enchentes apresentados pelas Redes Nacionais de Televisão em várias cidades e Estados do Brasil, esta semana, apenas confirmam as amargas afirmações contidas em nosso ensaio anterior.


Com a crescente urbanização da Amazônia, do Brasil e do Mundo, as enchentes serão cada vez mais catastróficas, tanto nas cidades quanto nas zonas rurais. Os rios atravessam áreas urbanizadas que se seguem de uma rural e em seguida de outra urbana e outra rural e assim por diante, até a foz. São milhares de cursos d'água e bacias, com as suas cidades ribeirinhas numa tendência social da urbanização e da busca pelas fontes de água.

Os episódios que aconteceram esta semana no Maranhão, na Paraíba, Pernambuco, Piauí, Pará, com mais violência, e em vários outros Estados do Brasil, todos viram pela TV. Eles confirmam "ipsis litteris" as nossas afirmações contidas no nosso ensaio anterior.

Há vinte anos, estamos alertando as autoridades sobre a imperativa necessidade de se alterar o sistema de destinação das águas pluviais que desabam sobre as áreas urbanas e ninguém quer escutar.

Cidades como Porto Velho, Rio Branco, Itaituba, Santarém, Manaus, Coari, Sorriso, Sinop, Nova Floresta, Ji-Paraná, e outras centenas que deságuam as suas águas rápidas nos rios da bacia amazônica, equivalem a tantos novos afluentes quanto forem o número de cidades, sob a forma de vertiginosas corredeiras que vão parar tudo no Rio Amazonas, com o seu leito limitado.
Quando não existiam as cidades, as águas também acabavam no Amazonas, mas, demoravam semanas e agora é em questão de minutos. Água/Tempo/Águas mansas ou enchentes. Essa é a equação que precisa ser resolvida.
A sorte é que ainda não existem núcleos urbanos significativos às margens dos afluentes esquerdos do Rio Amazonas, apenas Manaus no início e Macapá na foz e que as águas que são despejadas no rio mar não chegam a fazer cócegas, ainda, na descomunal corrente.

Somente quem estudou esse problema, sistematicamente, por cerca de 20 anos pode avaliar a gravidade da situação.

Esse é o primeiro problema e o segundo é que essas mesmas centenas de cidades também jogam milhões de litros de urina e toneladas de fezes e águas putrefatas servidas nos mesmos rios e ninguém faz nada para reverter a situação.

As enchentes e os esgotos matam centenas de milhares de seres humanos em todo o mundo, destroem os pertences e a saúde das populações.

Enquanto isso, montanhas de dinheiros são desperdiçadas nas inúteis decretações de Estado de Emergência e Calamidade Pública. Somente esta semana o Governo Federal liberou R$ 650 milhões para atenuar a desgraça que se abateu sobre vários Estados brasileiros. Um maná para os políticos sem vergonha que assolam esse pobre e sofrido mundo.

Eles ficam rezando, todas às noites, para São José mandar mais chuvas. Quanto mais calamidades, mais grana nos patrimônios dos sacripantas e beatos-fingidos.

Pombas! Apliquem esses caminhões de dinheiro para cuidar das cidades e dos pobres rios moribundos e parem de contratar fiscais e policiais para dar porrada nos que desejam trabalhar e produzir.

Os seres humanos estão morrendo aos milhares nesse mundo desorientado e a burguesada hipócrita perdendo o sono por que os que produzem alimentos para humanidade estão cortando árvores. Só pode ser dor de consciência!

Se os cavalos batizados continuam cortando e queimando árvores, é porque, os ditos cujos, que deveriam orientá-los com políticas públicas corretas só estão preocupados como farão para ganhar as próximas eleições e continuar torrando recursos públicos escassos com porcaria.

Se as árvores que cortam, queimam e poluem a atmosfera, causando ainda mais prejuízos à humanidade, tivessem 10% do valor que os verdes pacíficos fingem dá, com as suas ideologias utilitaristas robóticas, sobraria dinheiro e recursos para resolver esses problemas comezinhos das cidades, da natureza e dos pobres e massacrados seres vivos da Terra.

Editado por Roberto C. Limeira de Castro às 15:13

Nenhum comentário: